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Capital

Com faixas, médicos e estudantes protestam contra vinda dos cubanos

Evelyn Souza e Viviane Oliveira | 25/05/2013 11:03
Com rostos pintados e faixas, profissionais foram às ruas da Capital. (Foto: Vanderlei Aparecido)
Com rostos pintados e faixas, profissionais foram às ruas da Capital. (Foto: Vanderlei Aparecido)

Médicos e acadêmicos de medicina foram às ruas na manhã deste sábado (25) protestar contra anúncio do governo federal, que estuda trazer médicos da Cuba para atuarem nas cidades de interior, de todo país. A medida visa suprir a falta de profissionais.

Segundo os manifestantes, seis mil médicos devem vir ao Brasil, sem realizarem o Revalida, uma prova técnica de conhecimentos médicos para estrangeiros.

A concentração foi às 8h da manhã na praça do Rádio Clube Campo e reuniu cerca de 100 pessoas. Os manifestantes estavam com rostos pintados, faixas, tambores e panfletos. Eles percorreram a avenida Afonso Pena, rua 14 de julho e a rua Barão do Rio Branco e em seguida, retornaram para a praça.

Segundo o presidente da associação dos médicos de Mato Grosso do Sul, Fábio Magalhães, a prova do Revalida é o principal tema da discussão. Segundo ele, a categoria é totalmente contra o tipo de política pública que o governo federal pretende adotar.

A questão não é a falta de médicos no interior, mas sim a falta de condição de trabalho. O médico que vai para o interior trabalha 24h e coloca em risco o registro do Conselho Regional de Medicina. “Muitas vezes os salários são bons, mas os médicos não têm as mínimas condições e se acontecer alguma coisa, terá que se responsabilizar”, diz o presidente.

Acadêmica do 4º ano do curso de medicina da universidade Anhanguera-Uniderp, Jheth Jeanne Mundin, de 25 anos, conta que a maioria das pessoas que foram abordadas durante o manifesto, se mostraram a favor do protesto. “Muita gente não sabia porque falta divulgação”, completa.

Já o estudante de medicina, Paulo Zanin, de 22 anos diz que a prova Revalida não é difícil, mas que muitos médicos de foram do país, não passam. “ Cerca de 97% dos acadêmicos formados em outros países reprovam. Se eles virem para cá sem fazer essa prova, que é especifica, quem vai garantir que eles realmente tem conhecimento da área?”, questionou.

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