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Capital

Com lixo há dias nas ruas, moradores questionam modelo adotado pela prefeitura

Ricardo Campos Jr. | 21/03/2011 16:49

Transtorno já dura 15 dias em algumas regiões

 Com lixo há dias nas ruas, moradores questionam modelo adotado pela prefeitura

Entulho, galhos, lixo doméstico e por vezes até animais mortos são empilhados e deixados no meio de ruas em vários bairros da Capital, à espera dos caminhões da prefeitura para fazer a coleta. As vias se tornam verdadeiros lixões a céu aberto , com mau cheiro e complicações no trânsito desses locais.

A situação leva moradores a questionarem o modelo de limpeza urbana adotado pela prefeitura de Campo Grande. Todas as semanas, praticamente, o Campo Grande News recebe reclamações desse tipo.

No Santo Eugênio, localizado na região sudeste da Capital, moradores convivem com os montes de lixo há aproximadamente 15 dias. A dona da casa Cleuza Almeida Moraes explica que a situação, apesar de incomodar, é comum pelo menos uma vez por ano.

Moradora diz que, apesar de incomodar, situação é comum pelo menos 1 vez por ano. (Foto: João Garrigó)
Moradora diz que, apesar de incomodar, situação é comum pelo menos 1 vez por ano. (Foto: João Garrigó)

Segundo ela, agentes de saúde comunicam os moradores sobre a data da passagem dos veículos da prefeitura para recolher entulho. “Eles vêm avisando no bairro. A gente não espera que demore assim e não sabe quando vai vir. A gente tem pressa para tirar“, reclama a moradora que vive na rua Cascalho Rico.

A maioria dos montes de lixo ocupa metade da pista nas ruas geralmente estreitas no bairro. Os motoristas precisam invadir a contramão para conseguir passar. Quando dois veículos trafegam em sentidos opostos, um deles tem que esperar atrás dos montes de entulho até que o caminho esteja livre.

Na esquina das ruas Abis Possi com Glória de Goitá um desses montes prejudica a visão dos condutores. “Tem que ir lá na pontinha para conseguir ver aí as vezes vem um carro”, diz o caminhoneiro pedreiro André Evert Baez, 29 anos, “Se vem um caminhão ou carro grande você tem que parar, senão passa por cima. Ninguém respeita não”.

Ele denuncia ainda que vizinhos já chegaram a queimar os pedaços de árvore depositados nas rua. “Só queimou os galhos, mas ficou uma sujeira”.

O caminhoneiro Pedro Vilela, 57 anos, foi flagrado pelo Campo Grande News enquanto criava sua própria pilha de lixo em frente de casa. Ele disse que soube por meio de vizinhos que caminhões da prefeitura estavam na região e resolveu colocar o entulho que, até então mantinha no quintal, na frente da residência.

“Tem que limpar, não tem? Fogo você não pode por. Tinha que ter uma caçamba e recolher quando estivesse cheia”, reivindica o morador.

Problema conhecido - No bairro Taquarussu a situação é a mesma observada no Santo Eugênio: as ruas estão tomadas pelo lixo. O vendedor Sérgio Braga, 36 anos, mora na rua Iporã. Ele conta que teve de cobrir o resto de um cachorro morto com terra para não ter a casa invadida pelo mau cheiro.

O problema é que, de certa forma, os moradores já se acostumaram a empilhar o entulho em frente de casa. “Já é comum no bairro uma vez por ano”.

Entretanto, o morador diz que não considera a atitude correta. “Eu acho que tinha que ter um planejamento maior. Deveria fazer um negócio mais organizado”.

O Campo Grande News solicitou à prefeitura respostas ao questionamento da população, mas a assessoria pediu tempo para conversar com os responsáveis pela limpeza nos bairros, mas não deu retorno até a publicação desta matéria.

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