ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  19    CAMPO GRANDE 29º

Capital

Com venda de projetores, quadrilha ia comprar fuzis para favelas do RJ

Alan Diógenes e Kleber Clajus | 16/04/2015 16:43
Policia identificou um integrante da quadrilha que está foragido. (Foto: Alcides Neto)
Policia identificou um integrante da quadrilha que está foragido. (Foto: Alcides Neto)
Ao todo, sete carretas foram apreendidas e eram utilizadas para o transporte dos projetores. (Foto: Alcides Neto)
Ao todo, sete carretas foram apreendidas e eram utilizadas para o transporte dos projetores. (Foto: Alcides Neto)
Delegada Ana Cláudia falou nesta quinta sobre a investigação (Foto: Alcides Neto)
Delegada Ana Cláudia falou nesta quinta sobre a investigação (Foto: Alcides Neto)
Uma das carretas tem logomarca de empresa onde a carga foi roubada no Rio de Janeiro (Foto: Alcides Neto)
Uma das carretas tem logomarca de empresa onde a carga foi roubada no Rio de Janeiro (Foto: Alcides Neto)

A Deco (Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado) encerrou a primeira etapa da “Operação Projeção” e as investigações apontam que a quadrilha iria vender os projetores de cinema importados, avaliados em R$ 24 milhões, por fuzis destinados às favelas do Rio de Janeiro. Além dos três ladrões que já estão presos e o que foi identificado, mas está foragido, outras cinco pessoas estão envolvidas no crime.

Conforme a delegada Ana Cláudia Medina, responsável pelo caso, estão presos os irmãos Célio Andrade de Barcelos, 37 anos, e Luis César Andrade, 35, além de Antônio Cláudio Barbosa, 38. Eles estão no Presídio de Segurança Máxima na Capital e vão responder por receptação, adulteração de sinal veicular, falsidade ideológica, uso de documento falso, organização criminosa e corrupção de servidor público. Já o foragido foi identificado como Carlos Santana Siqueira, sendo ele dono da transportadora Ideal.

Sete carretas, preliminarmente adulteradas, foram apreendidas junto com mais três veículos de passeio. Uma das carretas tinha o logotipo da transportadora de propriedade de Carlos e outro da empresa Lumari, dona dos galpões onde os projetores estavam armazenados no Rio de Janeiro.

Segundo a delegada, a carga foi fracionada para facilitar o transporte até Pedro Juan Caballero, no Paraguai, onde elas seriam “esquentadas” e retornariam para o Brasil. O lucro com a venda dos projetores seria para a aquisição de fuzis com destino às favelas cariocas.

Outras cinco pessoas também estariam envolvidas no furto. Já se sabe que duas delas desenvolviam o papel de motoristas dentro da quadrilha e outra era o carregador. Também há envolvimento de um empresário carioca do ramo de transportes e um funcionário de alta patente da segurança pública.

Autoridade paraguaiaA Deco investiga ainda o envolvimento de uma “alta autoridade do Paraguai”, segunda a delegada. “Este já é o maior furto de cargas do país em que conseguimos recuperar toda o material. Aguardamos o poder judiciário decidir quanto ao destino das outras cinco pessoas envolvidas para concluir o inquérito, já que se trata de um crime transnacional. A segunda etapa da operação depende disso", explicou Ana Cláudia.

A organização criminosa estaria atuando há 3 anos e tem histórico de envolvimento em furtos à cargas de café, cigarros e medicamentos. Os projetores apreendidos em Campo Grande já foram encaminhados ao Estado de São Paulo. Eles foram adquiridos mediante financiamento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e tem por objetivo atender programa destinado a digitalização de cinemas.

Nos siga no Google Notícias