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Capital

Começam intervenções emergenciais em cratera no bairro Nova Lima

Marta Ferreira e Ítalo Milhomem | 02/05/2011 10:29

Depois de um fim de semana de medo e de muita reclamação entre os moradores vizinhos à cratera formada pelas chuvas de verão no bairro Nova Lima, em Campo Grande, começaram a ser feitas, nesta manhã, intervenções com a intenção de evitar novos desmoronamentos, na rua Marques de Herval. Três máquinas e cerca de 20 trabalhadores estão na via, que teve um trecho de 200 metros interditado.

Entre a noite de sexta e a madrugada de sábado, quando caiu uma forte chuva, a cratera se ampliou, engolindo metade da pista da Marques de Herval, também conhecida como “Corredor do Nova Lima”, uma das principais vias da região.

A linha de ônibus precisou ser desviada, e agora passa pela rua Sócrates paralela à Marques de Herval, e depois dos 200 metros interditados, o ônibus retorna à rua de origem.

Os trabalhadores que estão no local informaram que as manilhas que foram danificadas pela chuva e pelos desmoronamentos serão retiradas, e que vai ser feito aterramento em parte do buraco. Depois, as manilhas vão ser substituídas, segundo informado.

Ainda de acordo com os trabalhadores, uma caixa de concreto que faz parte da galeria pluvial existente no local também foi danificada e receberá obras.

Reação-Entre os moradores da vizinhança, a chegada das equipes provocou reações diferenciadas, que vão da confiança de que haverá solução rápida para o problema até a desconfiança de que isso vai demorar.

Máquinas começaram a trabalhar esta manhã em cratera aberta pelas chuvas de verão no Nova Lima.(Foto: João Garrigó)
Máquinas começaram a trabalhar esta manhã em cratera aberta pelas chuvas de verão no Nova Lima.(Foto: João Garrigó)

Moradora da rua Sócrates, para onde foi desviado o trajeto do ônibus, a pedagoga Sandra Perissato, de 38 anos, não acredita em uma solução rápida. Ele comparou a situação à da avenida Ceará, que ficou mais de um ano interrompida, após uma cratera ser aberta pelas chuvas, em 2009.

Para a moradora está havendo “displicência” da prefeitura sobre o assunto.

Ela comenta que não houve, até agora, nenhuma visita da Defesa Civil, para identificar os moradores em área de risco. “Nem que fosse para orientar como proceder”.

Sandra observou que há casas que tem rachaduras e não foi verificado se elas são decorrentes da formação da cratera.

Morador há 21 anos no local, o proprietário de uma eletrônica, Geovan Andrade, 42 anos, se mostra mais otimista. Ela acredita que o problema vai ser resolvido.

Geovan baseia a confiança na lembrança sobre uma outra cratera surgida nas proximidades, nos anos 80, e que teve resolução.

Hoje, porém, o quadro descrito pelo morador é de temor pela residência onde vive com a mulher e um filho e pelo prédio da eletrônica. Ele conta que dorme mal à noite.”Quando chove, dá para escutar a terra desmoronando”. Nessas ocasiões, ele conta que chega a acordar e ir ao local com uma lanterna para ver o que está acontecendo.

As intervenções que estão sendo feitas no local são emergenciais. A Prefeitura diz que depende de recursos federais para uma obra definitiva. É aguardada para o fim desta manhã a presença do prefeito Nelson Trad no local.

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