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Capital

Comerciantes e arquitetos se reúnem para trazer lojas à antiga rodoviária

Paula Maciulevicius | 29/05/2012 15:19

Na reunião foram discutidas formas de atrair empresas que queiram investir no local

O local tem mais de 200 salas comerciais e desde janeiro de 2010, com a desativação da rodoviária, pouco mais de 50 lojas continuam de portas abertas. (Foto: Arquivo/João Garrigó)
O local tem mais de 200 salas comerciais e desde janeiro de 2010, com a desativação da rodoviária, pouco mais de 50 lojas continuam de portas abertas. (Foto: Arquivo/João Garrigó)

Empresários da antiga rodoviária, vizinhança e o CAU/MS (Conselho de Arquitetura e Urbanismo) se reuniram para trazer lojas ao terminal desativado, Heitor Eduardo Laburu.

A reunião foi realizada nessa segunda-feira com cerca de 100 comerciantes que discutiram solução de uso para o prédio que hoje se encontra praticamente desativado. O local tem mais de 200 salas comerciais e desde janeiro de 2010, com a desativação da rodoviária, pouco mais de 50 lojas continuam de portas abertas.

Na reunião foram discutidas formas de atrair empresas que queiram investir no local. “Nós queremos despertar o interessa da iniciativa privada. Esse é um prédio muito bom que fica na área central de Campo Grane. Nós temos que parar de achar que só o poder público tem a responsabilidade de procurar solucionar o problema e pensar em alguma alternativa”, explica o coordenador do movimento, Rui Spínola Barbosa.

Para o terminal já houve vários projetos na tentativa de revitalizar o local e fomentar o comércio. De concreto, foram instalados a Guarda Municipal e os vendedores de lanche. O espaço chegou a ser requisitado pela Uems (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), depois receberia a Uningá (Unidade de Ensino Superior Ingá) e até os Juizados Especiais do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul foram cogitados para ocuparem o prédio.

A maioria que tinha comércio na antiga rodoviária abandonou o ponto em busca de uma região com mais fluxo de pessoas. O empresário Carlos Alves de Andrade tem um comércio de roupas no Centro Comercial há 28 anos e hoje amarga o pouco movimento no local. “Minhas vendas despencaram quase 80%. Está difícil da loja se manter”, afirma.

“O problema é que a gente paga condomínio para manter o prédio. Mas a maioria saiu e não está pagando. A situação aqui só vai piorando desse jeito” explica Atanaíde Machado, que trabalha no local há 31 anos.

Para o CAU/MS, a expectativa é de que a rodoviária antiga volte a ter o mesmo prestígio de décadas atrás. “A rodoviária foi um símbolo de desenvolvimento. Quando inaugurada atraiu várias empresas aqui para região e é isso que queremos retomar. Podemos aproveitar essa situação de revitalização pelo que o centro da cidade está passando e estender até essa região”, ressalta o conselheiro, Gill Abner.

Inaugurada no dia 16 de outubro de 1976 a rodoviária antiga mobilizou a sociedade campo-grandense. Com suas duas salas de cinema, moderníssimas à época, a rodoviária se transformou logo em um dos principais pontos de encontro da cidade.

“O prédio na época foi um marco, uma construção grandiosa em Campo Grande. Dar outra finalidade a ele vai ser uma forma de manter viva a arquitetura daquele período e resgatar a história de Campo Grande”, afirma o presidente do CAU/MS, Osvaldo Abrão.

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