Onda de furtos assusta comerciantes na região central da Capital

Os comerciantes da região compreendida pelo trecho das ruas Pedro Celestino, entre a rua Maracaju e Antônio Maria Coelho sofrem com a onda de furtos a lojas e residências nas últimas semanas.

Os comerciantes suspeitam que os furtos são realizados por um só grupo ou pessoa.

Na madrugada desta quarta-feira (16), foi a vez da clínica Emagrecentro receber a "visita" indesejada do ladrão.

Segundo o proprietário Osmar Santos, de 30 anos, o ladrão pulou o portão da frente e arrombou a porta de uma sala no estabelecimento. Pela manhã ele notou o estrago e sentiu a falta de uma TV de 42 polegadas, um computador e um DVD.

Para carregar os objetos furtados, o ladrão usou a capa de um colchonete como saco.

Santos já tem uma certeza, terá que "trabalhar muito para cobrir o prejuízo".

Para sair desta clínica, o ladrão serrou a grade da janela do cômodo e pulou, usando uma escada, para a farmácia Conceitual, que fica ao lado, onde danificou algumas janelas, mas não levou nada. O homem fugiu por um terreno baldio, que fica ao fundo do estabelecimento, usando uma segunda escada.

O empresário, Romildo José da Rocha Ferreira, 45 anos, dono da farmácia diz que o bandido já entrou duas vezes antes no estabelecimento. Nas tentativas anteriores, ele suspeita que o homem tenha aberto o caixa, mas vendo que não tinha dinheiro, fugiu. Nessas vezes que foi alvo dos bandidos, o empresário diz que perdeu R$ 1,6 mil só em vidros quebrados.

Ferreira cobra mais segurança na região, principalmente no período noturno, quando ocorrem esses furtos.

“Não só eu, como todos os comerciantes acabam tendo muitos aborrecimentos com estes assaltos”, ressalta Romildo.

Homem Aranha - O assaltante foi apelidado de “Homem Aranha”, devido ao modo como faz suas ações. Ele anda pelos telhados, pula grades e escala os muros sem sentir dificuldade, comenta a comerciante, Marilza Miralles Santana, de 43 anos.

Ela teve sua loja de brinquedos assaltada na semana passada e conta que teve de gastar R$ 3 mil para instalar uma cerca elétrica e comprar um novo notebook, que foi levado pelo ladrão. Ela suspeita, que o bandido não levou mais coisas por conta do alarme, que disparou.

“A segurança aqui é péssima, não adianta a Polícia fazer somente rondas de dia. À noite, quando estamos fechando a loja, não temos nenhum policial aqui”, reclama Marilza.

Ela acredita que o ladrão ou bando, que atua na região deve ser antigo, pois conhece a rotinas de todos os comerciantes e moradores.