Comissão revisará Lei que estabelece multas para motoristas de ônibus
Após uma hora de reunião, representantes do Sindicato dos Trabalhadores do transporte Coletivo e Urbano de Campo Grande e da Agetran (Agência Municipal de Trânsito) definiram que uma comissão vai discutir alterações na Lei municipal 4.584, de 2007, que regulamenta o transporte coletivo. Hoje os motoristas paralisaram por 40 minutos o tráfego de ônibus, no Terminal Morenão, em protesto contra multas por atrasos e outras condutas.
A Comissão se reunirá na próxima semana, contará com participação de representante do Sindicato laboral, da Agetran, do Consórcio Guaicurus e do vereador Vanderley Cabeludo (PMDB), que integra a Comissão de Transportes na Câmara dos Vereadores.
“Ainda não está sendo cobrada dos motoristas, mas chegou a informação de que será cobrada”, disse o presidente do Sindicato, Demétrio Ferreira de Freitas. Durante o protesto, de manhã, ele mencionou que já havia, inclusive, notificação de multa. Além das multas, há uma pontuação, em âmbito administrativo e quando somados 20 pontos, o motorista pode ser demitido por justa causa. “A empresa pode ser punida financeiramente. Mas o motorista não. Não podemos pagar para trabalhar”.
O diretor de Transporte Luiz Renato Adler, admite que o trânsito passou por mudanças que precisam ser levadas em conta na rediscussão da Lei, especialmente no que diz respeito à regra que estabelece tolerância de 5 minutos de atraso.
“O trânsito é outro, a cidade mudou e é preciso encontrar modificações e reformulação na Lei”. Ele espera que em 10 dias, a questão esteja equacionada.
Durante o protesto, nesta manhã, passageiros se indignaram e tomaram a Avenida Costa e Silva reivindicando a liberação dos ônibus.