Como novo arcebispo, Dom Dimas sai de disputa por presidência da CNBB
A nomeação de dom Dimas Lara Barbosa, bispo auxiliar do Rio de Janeiro, como arcebispo de Campo Grande inviabiliza a candidatura dele à presidência da CNBB (Confederação de Bispos do Brasil), uma das entidades de maior influência hoje no Brasil.
Cotado como principal nome nessa disputa, ele foi nomeado nesta terça-feira pelo Papa Bento 16 para assumir o cargo em Mato Grosso do Sul, no lugar de Dom Vitorio Pavanello.
A eleição acontece no dia 13 de maio e dom Dimas tinha a força de quem durante anos foi quase que porta-voz da Confederação, em discussões polêmicas como o aborto, a sexualidade, e conflitos agrários.
Hoje, ele é secretário-geral da CNBB. Ontem, em encontro no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, em São Paulo, houve a comunicação oficial sobre a indicação para a Arquidiocese.
O Jornal Estado de São Paulo ouviu bispos durante o encontro que afirmam que ainda não há clareza sobre os nomes cotados para a presidência da CNBB.
A tradição tem sido confiar a secretaria-geral a um bispo auxiliar, que, pelo fato de não ser o bispo responsável por uma diocese, poderia passar boa parte do tempo na sede do órgão em Brasília. Antes de d. Dimas, por exemplo, o cardeal de São Paulo, d. Odilo Scherer, havia exercido o cargo de secretário-geral. À época, era bispo auxiliar da cidade, lembra a reportagem do Estadão.
