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Capital

Condutor mantém fatalidade, mas será indiciado por homicídio doloso

Aline dos Santos e Francisco Júnior | 22/07/2014 13:50
Ricardo não mostrou o rosto e foi acompanhado por advogado. (Foto: Francisco Júnior)
Ricardo não mostrou o rosto e foi acompanhado por advogado. (Foto: Francisco Júnior)

Acusado da morte de um jovem de 19 anos no Jardim Canguru, Ricardo André Rodrigues, 28 anos, manteve a versão de fatalidade, mas será indiciado por homicídio doloso, quando há intenção ou se assume o risco de matar. A colisão entre o Astra conduzido por Ricardo e a moto Honda Fan conduzida por Lucas Silveira Leite Ortiz, que veio a óbito, ocorreu às 21h40 do dia 16 de julho. O acidente de trânsito foi na rua Catiguá.

Sem mostrar o rosto, Ricardo prestou hoje o primeiro depoimento na 5ª delegacia de Campo Grande, na Vila Piratininga, e sustentou a versão já apresentada por sua defesa. Ele estava acompanhado pela esposa, o filho de 9 meses e pelo advogado Abadio Rezende.

Ele relatou que saiu da casa da sogra, no Jardim Colúmbia, em companhia da esposa e do filho. No cruzamento da Rua dos Topógrafos e Jabuti, o carro quase bateu na motocicleta de Lucas. O motociclista buzinou e não houve colisão.

Na versão de Ricardo, Lucas deu um chute na porta traseira. O acusado conta que parou o carro para ver o que estava acontecendo. A moto também parou. Ao ver lucas passar a mão na cintura, Ricardo achou que o jovem estava armado.

Ricardo disse que entrou em desespero e saiu em alta velocidade. Em seguida, teria sido perseguido por Lucas e outros dois motociclistas. A perseguição foi por quatro quilômetros. “Ouvi barulho de tiro”, relatou.

Segundo Ricardo, o acidente fatal aconteceu quando ele olhou para trás, pedindo que a esposa se abaixasse, e a moto de Lucas surgiu à frente em um cruzamento. “Foi inesperado. Vi a sombra dele e aconteceu. Ele saiu da lateral esquerda do veículo”, disse.

Após a batida, Ricardo dirigiu por algumas ruas com dois pneus furados. Depois, saiu a pé. O veículo foi conduzido pela esposa até em casa, onde o Astra foi localizado pela Polícia.

Não há mandando de prisão contra Ricardo. De acordo com o delegado José Reis Belo, não será pedida prisão por ele ser réu primário, ter residência fixa e porque não há elementos que configure, “a princípio”, o pedido de prisão. Não foi encontrada arma com Lucas. O delegado aguarda o laudo de perícia no veículo e vai ouvir testemunha sobre a perseguição.

Sombra – Mãe da vítima, Antônia Odinéia Silveira Leite foi autorizada a entrar na sala de depoimento. Ela acredita que o acusado queria pedir perdão. No entanto, a mulher fez um desabafo. Antônia disse que ela e a família, que é muito grande, vão ser a sombra de Ricardo. A defesa deve registrar um Boletim de Ocorrência por ameaça.

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