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Capital

Conselheira diz que denúncias ainda podem ser feitas, mas devem ter testemunhas

Flávia Lima | 05/10/2015 11:56
Eleitores que esqueceram título e confundiram local de votação causaram demora no processo. (Foto:Gerson Walber)
Eleitores que esqueceram título e confundiram local de votação causaram demora no processo. (Foto:Gerson Walber)

A presidente do CMDCA (Conselho Municipal de Direitos da Criança), Dalva Cisi, disse que qualquer pessoa que ainda tenha denúncias em relação ao pleito realizado  neste domingo (4), deve se dirigir ao Fórum, até a 46º Vara da Promotoria da Infância e Adolescência, para registrar a ocorrência.

No entanto, ela ressalta que é preciso apresentar provas concretas elevar testemunhas. Marcada por votos anulados e denúncias de irregularidades, como boca de urna, entrega de santinhos e cartazes em locais de votação, a eleição para preencher as 15 vagas de conselheiros tutelares na Capital levou pelos menos 10,6 mil pessoas às 30 seções de votação, espalhadas em escolas da rede pública.

Devido às longas filas, muitas pessoas desistiram de registrar o voto. O fato de serem utilizadas urnas antigas e votos com cédulas de papel, também contribuiu para a morosidade do processo. Dalva explica que deveriam ser usadas urnas eletrônicas no processo, que ocorreu de forma unificada em todo o país, porém, segundo ela, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) não liberou o equipamento para todas as capitais.

O resultado foi muita confusão e espera. Em um dos locais mais movimentados, a escola estadual Arlindo Lima, uma seção precisou ser aberta às pressas para dar conta da demanda. Segundo Dalva, os organizadores da eleição na Capital procuraram auxiliar a população no sentido de que nenhum voto fosse perdido. "Muita gente se enganou de escola e foi votar em local errado", disse.

Ela explicou que esse foi o principal motivo que atrasou o pleito, já que a organização enxugou os locais de votação e algumas seções em que a pessoa costuma votar nas eleições políticas mudaram de local. Também houve casos em que a pessoa esqueceu de levar o título de eleitor. "Perdemos muito tempo conferindo listas e orientando sobre o local correto", ressaltou.

Apesar das denúncias, Dalva afirma que todo o processo teve o acompanhamento da Guarda Municipal e Ministério Público Estadual, que acompanhou até a apuração. Ela reitera que todas as denúncias feitas foram apuradas pela organização, mas que não houve comprovação dos fatos.

Ao todo foram computados 9.914 votos válidos, mas pelo menos 600, contidos na urna dos Bairro Moreninhas, foram anulados já que faltou o lacre no final da votação, que deveria ter sido feito pelos responsáveis da seção. Outros 20 votos também foram anulados por não terem as informações corretas do candidato.

O promotor da Infância, Adolescência e Juventude, Sérgio Harfouche, também reclamou neste domingo da falta de estrutura do pleito e culpou o TSE pelos problemas. Ele revelou que recebeu muitas denúncias de boca de urna e compra de votos, mas que não teve como comprovar a situação por falta de testemunha.

Dalva Cisi diz que esperava pelo menos 20 mil eleitores devido a grande mobilização que os candidatos fizeram nas redes sociais, mas acredita que a tendência é que o interesse da população cresça nas próximas eleições. 

Como houve seções em Rochedinho e Anhanduí, o processo de apuração começou duas horas após o encerramento do pleito. A contagem iniciou à 19 horas e terminou à meia-noite. A apuração aconteceu na sede do CMDCA, localizada na Planurb (Instituto Municipal de Planejamento Urbano).

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