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Capital

Construção civil deve abrir 2 mil novas vagas até dezembro na Capital

Luciana Brazil | 24/09/2013 16:50
Setor deve contratar pelo menos mais 2 mil funcionários. (Foto: Marcos Ermínio)
Setor deve contratar pelo menos mais 2 mil funcionários. (Foto: Marcos Ermínio)

A construção civil em Campo Grande deve contratar, até o final deste ano, pelo menos cerca de dois mil trabalhadores que deverão suprir parte da demanda de pequenas, médias e grandes obras, segundo o Sintracom/CG (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil e do Mobiliário de Campo Grande).

Nos canteiros de obra, os trabalhadores já percebem  que o número de funcionários vem crescendo no setor. “A quantidade de colegas tem crescido. Já tem mais gente trabalhando em obras”, disse o pintor Almir de Souza Pires, 44 anos. 

Apesar das novas contratações, o mercado continua sofrendo com a escassez de operários na construção.

Conforme o sindicato, essa carência fará com que os novos contratos sejam melhor remunerados e bem acima dos pisos estabelecidos em convenção coletiva.

O setor, segundo o presidente da entidade José Abelha Neto, será aquecido por causa das pequenas obras, já que nos últimos três meses do ano muita gente contrata serviços de reparo e reforma para residências e pequenas empresas.

“Está faltando mão de obra em todo Estado. As pessoas recebem o 13° (salário) e aplicam na construção e reforma das casas. As pessoas querem deixar tudo arrumado para as festas de final de ano e começar 2014 com a casa reformada ou ampliada. É aí, onde também aumenta a informalidade”.

Hoje, Campo Grande tem cerca de 30 mil profissionais no mercado, e com os novos contratados, esse número pode ultrapassar os 32 mil.

Outro fator que aponta o aquecimento do mercado são as casas de materiais de construção que vivem cheias na Capital. Parte dessa movimentação se dá por causa das quantidades de orçamentos feitos por quem que se programa para a reta de fim de ano.

O Sindicato orienta os trabalhadores autônomos a deixar os contratos de prestação de serviço bem definidos junto aos proprietários das residências, para assim evitar problemas futuros de falta de pagamento.

A entidade tem percorrido ainda o mercado de trabalho para evitar que empresas façam contratações sem assinar a Carteira de Trabalho.

“Estamos atentos a isso e mantendo constantes fiscalizações nos canteiros de obras. Mas precisamos também do apoio e participação do trabalhador para denunciar as informalidades, para que possamos evitar problemas futuros”, alertou Abelha.

Recentemente, a pesquisa do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MPTE), apontou a construção civil como o setor que mais contribuiu para ao alto índice de geração de empregos no mês de agosto. Foi o melhor resultado para o mês desde o início da pesquisa, ficando atrás apenas de 2004.

Com o crescimento do setor, a entidade acredita que mulheres passarão a fazer parte de um setor antes restrito aos homens. Já são mil mulheres trabalhando em várias profissões da construção civil. Elas poderão ser contratadas já que há escassez de funcionários no mercado.

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