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Capital

Contra epidemia de dengue, imóveis terão classificação de risco

Aliny Mary Dias | 09/09/2014 16:40
Locais com recipientes que podem acumular água são classificados entre médio e alto risco (Foto: Marcos Ermínio)
Locais com recipientes que podem acumular água são classificados entre médio e alto risco (Foto: Marcos Ermínio)

Com a chegada da época de chuvas e com a expectativa de volumes maiores do que o registrados nos últimos anos, a Prefeitura de Campo Grande adotou uma nova estratégia para classificar os imóveis da Capital em baixo, médio e alto risco de infestação do mosquito Aedes aegypt.

O chefe da Divisão de Vigilância Epidemiológica do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses), Alcides Ferreira, explica que o trabalho de classificação foi feito durante os meses de junho, julho e agosto e os dados agora estão sendo analisados e um mapa de infestação da cidade seá montado.

“Se for um imóvel com muitos criadouros, a classificação é alta, nesse caso precisa ter uma ação maior. Se for classificado médio, é porque tem poucos depósitos. E os locais que estão bem cuidados, é classificado como baixo”, diz.

Ainda segundo Ferreira, a classificação é feita por micro áreas, de quarteirão em quarteirão. “Assim temos um reconhecimento geográfico e a cada visita os imóveis podem ser mudados de classificação”.

Para o trabalho na Capital, 450 agentes foram treinados durante os últimos três meses. Para as ações de limpeza dos bairros, existem oito caminhões, duas máquinas pá carregadeira e 10 carros com o sistema fumacê para liberação de veneno contra os mosquitos.

Agentes fazem classificação de imóveis que depois podem ser mapeados (Foto: Marcos Ermínio)
Agentes fazem classificação de imóveis que depois podem ser mapeados (Foto: Marcos Ermínio)
Amâncio limpa o quintal com frequência (Foto: Marcos Ermínio)
Amâncio limpa o quintal com frequência (Foto: Marcos Ermínio)

Limpeza – Uma das ações mais importantes para evitar a proliferação do mosquito é a limpeza das casas. No bairro São Francisco, terrenos vazios, carros abandonados e casas fechadas são comuns de serem encontradas, mas o trabalho dos agentes é intenso para evitar que permaneça recipientes para acúmulo de água.

Aos 69 anos, o aposentado Amândio Pinheiro, que vive há 26 anos no São Francisco, limpa com frequência o quintal da casa. Ele já teve dengue há alguns anos e lembra muito bem dos sintomas.

“No começo eu achei que era gripe, mas aí fiquei 15 dias de cama e descobri que era dengue. Foi muito complicado por isso em casa é tudo limpo”, explica.

Quem trabalha na região também se preocupa com a limpeza. A funcionária de um pet shop, Cristiane da Costa, 26 anos, conta que sempre vê a atuação de equipes da prefeitura limpando o bairro e que os matagais que antes eram constantes agora são mais difíceis de serem encontrados. “Está bem mais limpo o bairro e isso diminui o risco da dengue”.

Conforme dados da SES (Secretaria de Estado de Saúde), do início do ano até agora, foram notificados 3,3 mil casos de dengue em Campo Grande. Em relação ao número de habitantes, a Capital está em 15º lugar no ranking estadual com maior quantidade de casos.

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