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Capital

Contra insegurança, taxistas fazem novo protesto nesta 2ª na Capital

Fabiano Arruda | 04/09/2011 11:59

Profissionais vão cobrar mais segurança contra onda de assaltos em Campo Grande

Pelo menos 150 taxistas participam de mobilização nesta segunda-feira. (Foto: Pedro Peralta)
Pelo menos 150 taxistas participam de mobilização nesta segunda-feira. (Foto: Pedro Peralta)

Pelo menos 150 taxistas farão, nesta segunda-feira, por volta das 10 horas, na região central de Campo Grande, contra a onda de assaltos registrados contra profissionais do setor nos últimos dias.

A informação é de Jair de Freitas, 37 anos, proprietário do veículo roubado e recuperado ontem à noite após ação do 1º Batalhão da Polícia Militar.

Os profissionais do setor também acreditam que a retirada do dinheiro nos ônibus de transporte coletivo refletiram diretamente nos crimes contra os taxistas.

“Vamos reivindicar uma reunião com a Secretaria de Segurança Pública para discutirmos o assunto. Precisamos de segurança”, afirma.

O carro de Jair, um Fiat Siena, foi alvejado por tiros disparados por policiais militares, que agiram para conter a dupla de assaltantes que conduzia o veículo.

Nesta manhã, ele mostrava os prejuízos. “Terei R$ 1,5 mil de gastos, fora os dias parados”, conta. O Siena foi atingido pelos tiros nas laterais, vidro traseiro, além de ter um pneu estourado durante a fuga dos bandidos.

Apesar dos danos, Jair comemora o fato do carro ter sido recuperado e o motorista que o conduzia não ter sofrido ferimentos. No entanto, lamenta a onda de insegurança. “Toda vez que toca o celular logo penso ser assalto”, diz.

Para ele, caso as autoridades não tomem alguma providência, é possível que taxistas queiram agir “por conta própria” para ser proteger e “fazer justiça com as próprias mãos”.

Dono de táxi roubado mostra prejuízos. (Foto: Simão Nogueira)
Dono de táxi roubado mostra prejuízos. (Foto: Simão Nogueira)

Coordenador de um ponto de táxi na Afonso Pena há 12 anos, Cleto Jacob, de 75 anos, afirma que os assaltos são reflexos do crescimento da cidade. “Oriento a frota para tomar cuidado porque taxista não deve andar armado. Quem anda armado é bandido”, acredita.

Já Antônio Valentim da Silva, de 68 anos, conta que foi vítima de assalto no dia 26 de agosto, quando um colega de profissão foi assassinado em Campo Grande com dois tiros na cabeça.

Ele revela que esteve na mira de dois assaltantes e destacou que manter a calma é a melhor saída. “Vários taxistas foram assaltados naquele dia”, relata.

Kazunori Miyashiro, de 57 anos, outro taxista que atua na avenida Afonso Pena, sinalizou que, caso as estatísticas permaneçam, a saída para os motoristas será trabalhar apenas com cartões e parar de trabalhar com dinheiro.

“A Polícia deveria nos apoiar mais”, declara, lamentando que não há como prever que passageiro pode cometer assalto. “Entrou no taxi é passageiro, seja da raça e credo que for. Não importa a aparência”, pontua.

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