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Cidades

Conveniência na Zahran é outro alvo de queixas de vizinhos e comerciantes

Fabiano Arruda | 25/01/2011 19:51

Reclamações são as mesmas: som alto, lixo e brigas

Principal reclamação é do som alto nas madrugadas. (Foto: João Garrigó)
Principal reclamação é do som alto nas madrugadas. (Foto: João Garrigó)

A conveniência Mix, localizada na avenida Eduardo Elias Zahran, em Campo Grande, é outro ponto que acumula reclamações de moradores e comerciantes da região, a exemplo da conveniência Jarrão, no bairro Coophamat.

A reportagem do Campo Grande News esteve no estabelecimento na madrugada de domingo. Por volta da 1 hora, cerca de 50 carros estavam estacionados nos dois lados da avenida e na Rua professor Xandinho, que faz esquina com a conveniência.

Num depósito de materiais de construção, que fica em frente à conveniência, o movimento é maior. Alguns carros se encarregam de promover uma mistura de sons em alto volume; motivo da grande maioria da reclamação dos moradores.

“O som alto não deixa a gente dormir. Já liguei para o 190 várias vezes, mas até a Polícia chegar, deu tempo dos motoristas abaixarem o volume. E a situação nunca é resolvida”, diz um vizinho.

“Teve sábado que o som durou até mais de 5 horas da manhã”, relata outra moradora.

Adolescentes também são vistas durante a madrugada. Enquanto nossa reportagem esteve por lá, testemunhou por três vezes, motoristas de carros que passam pelo local e abordam as garotas.

Além disso, outros condutores passam em frente à conveniência cantando pneu e acelerando alto.

Os comerciantes do bairro também fazem queixas sobre o lixo acumulado no outro dia pela manhã. Um deles relata que os frequentadores da conveniência urinam no portão do estabelecimento. “O pior é que tudo escorre para dentro da minha loja”.

Brigas - Três vizinhos ouvidos pela reportagem relataram terem presenciado brigas nas proximidades da conveniência. Uma das moradoras garante ter presenciado tentativa de homicídio na madrugada do dia 9 de janeiro.

“Estávamos eu e um amigo, sentados nas cadeiras da conveniência, quando, por volta de 2h30, percebemos que um homem e uma mulher começaram a trocar agressões, ao lado de um carro que tinha uma parede de som e estava estacionado na calçada do depósito de materiais para construção. Os amigos que estavam ao redor nada faziam. De repente o homem sacou um revolver e apontou para a cabeça da mulher. Foi aí que resolveram apartar”, narra.

A jovem também afirma que, ao chegar à sua residência, de madrugada, vários carros estavam estacionados em sua garagem. “Minha mãe precisou pedir para eles retirarem”, relata.

Outro lado - Representantes da conveniência admitem que o som no local é alto, no entanto, dizem que pediram por diversas vezes aos frequentadores que abaixassem o volume. “Nós já fizemos questão de ligar, diversas vezes, para a Polícia fazer a fiscalização quanto o som alto. Não queremos que nosso negócio vire bagunça”, comenta um dos funcionários que fazem parte da direção do estabelecimento.

O mesmo funcionário diz que na calçada da conveniência não há lixo ou som alto, pois os seguranças fazem as restrições com o público que está no local. “Tudo o que reclamam ocorre fora das dependências da conveniência, na calçada de outros estabelecimentos. Então, que os comerciantes e os vizinhos também façam a reclamação no 190”, protesta.

Quanto às reclamações das pessoas que fazem necessidades fisiologias nas ruas, o funcionário rebate, dizendo que a conveniência dispõe de banheiros. Sobre o lixo, garante que outro empregado faz a limpeza da sujeira nas calçadas todos os dias pela manhã.

“Somos 15 funcionários, todos têm família e prezamos pela nossa segurança também. Nós gostaríamos que a Polícia atuasse, com batidas ou blitz, para diminuir as queixas”, finaliza, dizendo que não quer que nas proximidades do estabelecimento ocorra algo parecido com o que houve na conveniência Jarrão.

Policiamento - Segundo informações da Polícia Militar, a corporação tem atuado para coibir o som alto em algumas conveniências que geram reclamações em Campo Grande, no entanto, admite que muitas vezes funciona como um jogo de “gato e rato”: os policiais pedem para abaixar o som, mas ao irem embora, os motoristas sobem o volume novamente.

Com essa dificuldade na fiscalização, a PM pode implantar um monitoramento com câmeras, da própria Polícia, para filmar e identificar as irregularidades que os frequentadores das conveniências praticam.

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