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Capital

Corte no couro de cadelinha foi para limpar ferimentos, diz testemunha

Ricardo Campos Jr. e Luana Rodrigues | 03/06/2015 14:06
Cadelinha Vitória se recupera em clínica veterinária (Fotos: Marcelo Calazans)
Cadelinha Vitória se recupera em clínica veterinária (Fotos: Marcelo Calazans)

Parte do couro da cadelinha Vitória Guerreira foi lacerado durante atropelamento e removido durante procedimento cirúrgico em uma clínica veterinária, segundo apurou a Decat (Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Ambientais e Proteção ao Turista). A veterinária que realizou o procedimento prestou depoimento nesta quarta-feira (3). A antiga dona levou o animal até o estabelecimento da testemunha, mas como não tinha dinheiro para terminar o tratamento, a levou embora e a abandonou em um terreno baldio.

Polícia trabalha agora para apurar a veracidade de denúncia que o animal teria sido maltratado por dois jovens após ter sido largada. Inicialmente foi levantada a suspeita de que o pelo teria sido arrancado durante tortura, já que os cortes eram precisos.

A cadelinha foi encontrada pela serralheira Simona Zaim, 32 anos, e a aposentada Lubas Lomar, 62, no Bairro Coophavilla II. As duas fazem resgate de animais com sinais de agressão. Moradores da região disseram a elas que viram quatro adolescentes torturando Vitória Guerreira, tendo inclusive quebrado as patas dela.

Em depoimento, a dona do animal disse não saber o que aconteceu depois que deu as costas para o animal. Depois de ser recolhida, Vitória foi levada para uma outra clínica, onde está se recuperando dos ferimentos.

Comoção – O caso repercutiu nas redes sociais. Internautas replicaram as imagens da cadelinha ferida. Um abaixo-assinado chegou a ser feito pedindo punição para os agressores. O autor do manifesto pede "ajuda para não deixarmos essa maldade sem punição. Esses meninos têm que pagar pelo que fizeram", diz. Até agora já assinaram a petição 41.751 pessoas.

Ao contrário do que se imagina, casos como o de Vitória não são denunciados com frequência. Conforme o delegado Wilton Vilas Boas de Paula, titular da Decat (Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Ambientais e Proteção ao Turista), a média é de apenas cinco denúncias de maus tratos por mês.

"É importante que as testemunhas denunciem para a polícia no 190, assim podemos investigar os casos e eles ficam registrados em um banco de dados", explicou o delegado.

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