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Capital

CRM nega relação com grupo investigado e apura denúncia contra advogado

Aline dos Santos | 21/05/2013 09:20
Presidente do CRM diz, em  nota, que não é sócio da Neorad. (Foto: Luciano Muta/Arquivo)
Presidente do CRM diz, em nota, que não é sócio da Neorad. (Foto: Luciano Muta/Arquivo)

O CRM/MS (Conselho Regional de Medicina) informa, por meio de nota divulgada hoje, que está apurando as denúncias sobre médicos que vieram à tona com a operação Sangue Frio, realizada em 18 de março no HU (Hospital Universitário) de Campo Grande e Hospital do Câncer Alfredo Abrão.

“Imediatamente foram solicitadas informações à autoridade responsável para que pudessem ser apurados eventuais ilícitos éticos da parte dos investigados”. Ainda em 20 de março, o CRM abriu procedimentos para apurar a conduta ética dos médicos citados.

No início de maio, com a divulgação de gravações da operação da PF (Polícia Federal) no Fantástico, surgiram novas informações. Em uma escuta, o assessor jurídico do conselho, o advogado André Borges, dialoga com o médico Adalberto Abrão Siufi, então diretor do Hospital do Câncer e investigado na ação.

No dia 4 de julho de 2012, eles conversam sobre fiscalização que será realizada no HU. “Quanto à conduta do assessor jurídico do CRM/MS foi aberta sindicância interna, conduzida por uma comissão de investigação, para apuração de responsabilidade funcional, pois a apuração ética está a cargo da OAB/MS”, informa a nota.

O documento também afirma que o presidente do CRM, Luís Henrique Mascarenhas Moreira, não tem ligação com o Hospital do Câncer. A nota informa que ele “é sócio da Neoclin há 16 anos, empresa privada de tratamento oncológico, que não presta serviços ao SUS, não sendo sócio da Neorad e não atuando como médico no Hospital do Câncer, portanto, sem vínculo algum com as ações ora em investigação”.

A operação Sangue Frio apreendeu documentos no Hospital do Câncer, clínica Neorad e a residência do médico Adalberto Abrão Siufi. Até então ele era diretor-geral do Hospital do Câncer e um dos donos da clinica, que atende pacientes do SUS.

A suspeita é que a rede pública foi desmontada para que o atendimento ficasse monopolizado no setor privado.
Diante das denúncias, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, veio a Campo Grande para instalação de uma força-tarefa.

O grupo faz varredura nos prontuários de pacientes vivos e mortos que passaram pelo setor de oncologia do Hospital do Câncer, HU, Santa Casa e HR (Hospital Regional Rosa Pedrossian). Divulgado na última terça-feira, balanço aponta que já foram verificados indícios de irregularidades em 236 prontuários, sendo 143 do Hospital do Câncer.

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