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Capital

De Homem Aranha, menino torturado deixa hospital sob proteção

Menino torturado recebe alta e deixa Santa Casa sob proteção

Natalia Yahn e Paula Maciulevicius | 09/03/2016 12:07
Ao lado direito da foto é possível ver o garotinho com a máscara do Homem Aranha. (Foto: Marcos Ermínio)
Ao lado direito da foto é possível ver o garotinho com a máscara do Homem Aranha. (Foto: Marcos Ermínio)

O menino de 4 anos, torturado pelos tios em rituais de magia negra, recebeu alta no fim da manhã desta quarta-feira (9) da Santa Casa de Campo Grande. Ele deixou o hospital usando a máscara do Homem Aranha - seu super-herói favorito - sob um esquema de segurança para impedir que fosse fotografado, mas a equipe do Campo Grande News, flagrou a saída dele.

Para sair do hospital, a equipe do abrigo para onde ele será encaminhado e funcionários da unidade hospitalar fizeram uma operação que durou aproximadamente 25 minutos.

O veículo Doblo, sem identificação oficial, estacionou na porta do necrotério - ao lado da entrada principal do hospital. Duas mulheres entraram na área onde também fica a lavanderia. Mas com a presença da imprensa, em cinco minutos um funcionário da Santa Casa entrou no veículo e ajudou a levar o carro que transportou o garoto até um segundo local.

O veículo entrou de ré em um corredor exclusivo, entre uma clínica de ressonância magnética e o Pronto Socorro, na Rua Rui Barbosa. O portão do estacionamento estava trancado e foi novamente fechado após a entrada do carro.

Dentro do veículo, duas mulheres se debruçaram sob o menino vítima de tortura ao sair do hospital. (Foto: Marcos Ermínio)
Dentro do veículo, duas mulheres se debruçaram sob o menino vítima de tortura ao sair do hospital. (Foto: Marcos Ermínio)

Somente às 11h35 o garoto entrou no carro pela porta lateral. Ele sentou no colo de uma das mulheres que chegou no veículo. Ao sair pelo portão, para proteger o menino de imagens, as duas se debruçaram sobre ele - que não estava corretamente sentado em uma cadeirinha para transporte de crianças.

Antes de deixar o local, uma aglomeração de aproximadamente 10 funcionários chamou a atenção. Eles se despediram do garotinho na saída que durou cerca de 10 minutos e acenaram enquanto o menino se afastava. "Ele ficou bastante tempo e a história mexeu com todo mundo", disse uma funcionária do hospital, que não se identificou, mas disse trabalhar do lado de fora da Santa Casa, na área onde o garoto entrou no carro.

A distância da calçada até o local do embarque do menino era de aproximadamente 15 metros e o corredor escuro impediu visualizar se o garoto levava ou não brinquedos. Ele foi levado para um abrigo da Capital.

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