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Capital

De porta em porta, agentes já vacinaram 36% dos animais contra a raiva na Capital

Fernando da Mata | 23/01/2012 18:02

Índice corresponde a 43,5 mil cães e gatos; meta do CCZ é imunizar os 120 mil bichos que vivem em Campo Grande até o fim de fevereiro

Cadela sendo imunizada em casa no bairro Maria Pedrossian (Foto: Marlon Ganassin)
Cadela sendo imunizada em casa no bairro Maria Pedrossian (Foto: Marlon Ganassin)

Em Campo Grande, aproximadamente 36% dos cães e gatos já foram vacinados contra a raiva nesta campanha, que começou em outubro e está em andamento.

Dados do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) mostram que cerca de 35 mil cães e 8,5 mil gatos domésticos já foram imunizados. A meta é vacinar os 120 mil bichos que vivem na cidade até o fim de fevereiro.

Atualmente, o trabalho de vacinação de casa em casa é feito por 30 agentes na Capital. Residências e estabelecimentos comerciais do Centro da cidade, regiões norte e oeste (metade) já foram visitadas.

A médica veterinária do serviço de controle da raiva do CCZ, Maria Aparecida Conche Cunha, afirmou ao Campo Grande News que muitos animais deixavam de ser imunizados quando havia apenas dias específicos para vacinação em postos fixos.

“Indo casa a casa, nós conseguimos quase que totalizar a quantidade de animais vacinados na cidade”, garantiu a veterinária, que lamentou também o preconceito por parte dos proprietários dos bichos. “Nós enfrentamos muito problema de recusa, porque as pessoas acham que a vacina vai causar malefício ao animal.”

O tipo de vacina que é aplicado hoje nos animais é o de cultivo celular, que, segundo a veterinária do CCZ, promove melhor imunidade e proteção. Ainda de acordo com Maria Aparecida, em um primeiro contato com a dose, o animal pode apresentar algumas reações como apatia, dores no local da aplicação e perda de apetite, mas nada fora da normalidade.

“A vacina aplicada pelo CCZ é igual a que é vendida em clínica particular. Mas não há problema se a pessoa quiser vacinar o animal em uma clínica. O que não pode é deixar de vacinar”, alertou.

Obrigatoriamente, a imunização deve ser feita pelo menos uma vez por ano e, se o dono já vacinou o bicho de estimação, deve apresentar comprovante na hora que receber a visita dos agentes. Outra opção é levar o animal para vacinar direto no CCZ.

Agentes do CCZ durante visitas (Foto: Marlon Ganassin)
Agentes do CCZ durante visitas (Foto: Marlon Ganassin)

Visita nas casas – Nesta segunda-feira (23), os agentes do CCZ visitaram casas no bairro Maria Aparecida Pedrossian, região leste da cidade.

Proprietária de duas cadelas, a dona de casa Rosa Alves, 55 anos, ressalta a importância e a comodidade da visita. “Tinha gente que não vacinava os animais. Além disso, é melhor vir aqui porque quando eu levava, elas [cadelas] encontravam outros cachorros na rua, isso era ruim”.

A aposentada Ércia Celestino Oliveira, 78 anos, recebeu os funcionários do CCZ na varanda de casa e destacou a facilidade. “Pra gente que não tem carro, ajuda muito.”

Os agentes sempre fazem as visitas em duplas das 7 às 11 horas (manhã) e das 13 às 17 horas (tarde).

Tipos de transmissão – A raiva pode ser transmitida por vias aérea (morcegos) e terrestre (cães, gatos e homem). Conforme Maria Aparecida, em Campo Grande, só existem morcegos que se alimentam de frutos e insetos, mas eles também podem pegar o vírus da raiva, se entrarem em contato com os que se alimentam de sangue.

“A raiva não é uma doença que está distante. No ano passado, encontramos dois morcegos mortos com o vírus. Então a gente tem vírus circulando na cidade. Por isso, a população tem que vacinar os animais”, explicou a veterinária.

Orientações - Caso alguém encontre um morcego morto, nada de mexer nele, pois ele pode estar com o vírus da raiva. A orientação é colocar algo em cima do bicho e ligar para o CCZ, que tem material especial para remover o animal.

Se uma pessoa for mordida por um cão ou gato, deve procurar a unidade de saúde o mais rápido possível para fazer tratamento de prevenção da raiva, pois se o animal portar o vírus, ele será transmitido e se espalhará muito rápido.

Serviço - O CCZ funciona de segunda a sexta-feira, das 7 às 23 horas. Aos sábados e domingos, das 6 às 23 horas. O endereço é avenida Senador Filinto Müller, 1.601, Vila Ipiranga e os telefones são 3314-5000 e 3314-5001.

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