ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, TERÇA  23    CAMPO GRANDE 32º

Capital

Decon interdita fábrica de geléia de mocotó em Campo Grande

Francisco Júnior | 12/05/2011 12:25

Fábrica funcionava no Jardim Canadá

Produtos são comercializados em redes de supermercados da Capital (Foto: Simão Nogueira)
Produtos são comercializados em redes de supermercados da Capital (Foto: Simão Nogueira)

Policiais da Decon (Delegacia Especializada na Repressão aos Crimes Contra a Relação de Consumo) fecharam na manhã desta quinta-feira uma fábrica clandestina de geléia de mocotó localizada na rua Presidente Nilo Peçanha, no Jardim Canadá, região do grande Santo Amaro, em Campo Grande.

No local, era fabricada a geléia “100% Mocotó Mineira”, que segundo a polícia, é comercializada em várias redes de supermercado da Capital.

Os policiais foram acionados por fiscais da vigilância sanitária do município depois que tentaram, por inúmeras vezes, fazer uma vistoria na fábrica.

“Quando os fiscais chegavam aqui sempre eram abordados pelo proprietário, que pedia para eles voltarem depois e, nesse período, maquiavam o lugar para a vistoria dos fiscais”, informou o delegado Adriano Garcia.

Conforme o delegado, o proprietário, José Amilcar de Freitas Moura, 60 anos, não apresentou os documentos sanitários exigidos para este tipo de estabelecimento, bem como para a fabricação, comercialização e armazenamento. “As condições de higiene são péssimas”, declarou o delegado.

Os policiais apreenderam dentro da fábrica grande quantidade de geléia, já pronta para a comercialização, e pés de boi de onde é extraído o mocotó, principal matéria-prima para a fabricação do doce. Conforme o delegado, todos os produtos estavam armazenados de maneira irregular.

Os fiscais da vigilância irão recolher a geléia das prateleiras dos supermercados.

Local onde era produzida geléia. (Foto: Simão Nogueira)
Local onde era produzida geléia. (Foto: Simão Nogueira)

Na embalagem do produto consta um registro da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que a polícia, acredita ser falso. Nem o SIM (Selo de Inspeção Municipal) a empresa possui. O CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Juridica) está no nome da mulher do proprietário, Adriana Cristina Benadelli.

Os policiais ao entraram na fábrica ficaram surpresos com o tamanho da caldeira utilizada na preparação da geléia. De acordo com o delegado, ela corre o risco de explodir e não poderia estar naquele local.

O proprietário da fábrica foi autuado pelos crimes contra relação de consumo e ambiental, já que os policiais encontraram no local uma motosserra, e ele não apresentou a documentação do equipamento.

“Isso aqui é perseguição. Estão vendo que a empresa está crescendo e fazem isso. Vou abrir uma fábrica em São Paulo e vender a geléia aqui”, disse o proprietário.

José Amilcar afirmou que desde 1987 trabalha com este tipo de produto e o seu registro foi publicado no Diário Oficial. Ele será multado e a fábrica lacrada pela vigilância.

Alimento aprrendido pela Decon. (Foto: Simão Nogueira)
Alimento aprrendido pela Decon. (Foto: Simão Nogueira)
Fiscais da vigilância irão recolher a geléia da prateleira dos supermercados. (Foto: Simão Nogueira)
Fiscais da vigilância irão recolher a geléia da prateleira dos supermercados. (Foto: Simão Nogueira)
Nos siga no Google Notícias