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Capital

Defesa Civil busca reestruturação e prepara planos contra desastres na Capital

Bruno Chaves | 20/10/2013 08:32
Coordenador (esquerda) e chefe de operações (direita) explicam funcionamento da Defesa Civil (Foto: Marcos Ermínio)
Coordenador (esquerda) e chefe de operações (direita) explicam funcionamento da Defesa Civil (Foto: Marcos Ermínio)

Com o objetivo de atuar na prevenção, minimização e resposta a eventos naturais adversos na cidade, a Unidade de Defesa Civil de Campo Grande passar por uma fase de reestruturação para atender a Lei Federal 2.608, de abril de 2012, para passar ao status de coordenadoria.

“Atuamos com uma proposta de reestruturação da Defesa Civil e trabalhamos com a prevenção, através de ações proativas. Temos um plano de contingência, onde fizemos levantamento das áreas de risco da cidade e oferecemos opções que podem nortear ações da prefeitura para intervenções que minimizem danos como alagamentos, enchentes, erosões e outros”, explica o coordenador da Defesa Civil de Campo Grande, major Luidson Noleto.

Para que os serviços da Defesa Civil possam ser realizados na cidade, o órgão conta com duas viaturas e um quadro de 47 colaboradores, 12 agentes da Defesa Civil e 35 voluntários. “Qualquer um pode ser voluntário, desde que quando chamado venha”, explica o coordenador.

Para que os voluntários tenham conhecimento sobre a Defesa Civil e noções básicas de primeiros socorros e segurança, o órgão costuma oferecer cursos de capacitação, conta o chefe de operações do órgão, Hélio Queiroz Dahgr. Noleto exemplifica uma das atividades desempenhadas pelos voluntários: “se tiver uma chuva acima do esperado e a Defesa Civil precisar fazer intervenções, como bloqueio de via, por exemplo, voluntários serão chamados para ficarem no local orientando as pessoas sobre a situação”.

Projetos – A intenção da Defesa Civil é estar mais próxima a sociedade e trabalhar com a prevenção. Para isso, o órgão vem desenvolvendo projetos, que devem ser colocados em prática até o final de 2014, que visam conscientizar pessoas sobre o que deve ser feito em casos de adventos naturais, ou outros.

Um dos projetos que vem sendo elaborado é o “Defesa Civil nas Escolas”, que tem como objetivo estar colégios “e dar noções de defesa civil e prevenção a acidentes domésticos para que as crianças sejam sensibilizadas nesse sentido”, explica Noleto.

As crianças também receberão orientações sobre o que fazer em grandes tempestades, chuvas com granizo, evacuação de escolas em casos extremos e outros. “Isso para trazer a cultura do risco às crianças”, revela.

O projeto é inovador no Brasil, como informou o chefe de operações. “Foi pego em Lisboa, Portugal. É uma coisa que exige muito estudo e é uma política de prevenção. Em Campo Grande, temos 94 escolas municipais, 89 estaduais, 98 Ceinfs [Centros de Educação Infantil] e mais de 200 colégios particulares. É um projeto a longo prazo”, afirma Hélio.

Brigada de Combate a Incêndios Florestais começará a atuar na época da estiagem em Campo Grande (Foto: Reprodução)
Brigada de Combate a Incêndios Florestais começará a atuar na época da estiagem em Campo Grande (Foto: Reprodução)

Dessa forma, as crianças da Capital teriam conhecimento de como agir em casos de incêndio, chuvas e outros, por exemplo. “Já teve casos na cidade de grandes erosões ao lado de escolas e crianças serem vistas brincando nesses locais. É necessário prevenir acidentes. Até em casos extremos como, por exemplo, uma rebelião em um presídio próximo a uma escola”, exemplifica. Para o coordenador, as crianças são grandes propagadoras de conhecimento e transfeririam o aprendizado para os adultos do circulo familiar.

A “Brigada de Combate a Incêndios Florestais” é outro projeto do órgão, mas que já está em andamento. A partir do ano que vem, no período da estiagem, a brigada de combate auxiliará o Corpo de Bombeiros e a sociedade no focos de incêndio na cidade.

“Além disso, criamos a Comissão Municipal de Prevenção e Preparação em Resposta Rápida a Acidentes com Produtos Perigosos”, revelou o coordenador. Através da comissão, a Defesa Civil pretende desenvolver ações de fiscalização, prevenção, orientação, assim como monitoramento de bueiros, esgotos, e tubulações.

“Temos 156 depósitos de materiais perigosos na cidade. Estamos colocando estrutura de georreferenciamento para catalogar esses pontos e desenvolver uma política adequada para manutenção desses produtos”, explica o chefe de operações.

Campo Grande funciona como corredor para todos os produtos perigosos que são transportados para região Norte do País. “Tudo passa pelo nosso município, que tem que ter uma política de respostas e controle desses transportes”, disse Noleto.

“Estamos construindo uma política para ter rotas adequadas para esse produtos, que não podem passar por cima de gasodutos, por exemplo. Vamos cadastrar todos esses depósitos de materiais perigosos para que possamos traçar rotas especificas para cada tipos de material. Isso é prevenção, é evitar riscos”, analisa Hélio.

Defesa Civil conta com duas viaturas e 47 agentes, entre oficiais e voluntários (Foto: Reprodução)
Defesa Civil conta com duas viaturas e 47 agentes, entre oficiais e voluntários (Foto: Reprodução)

Planos de Contingência – Paralelo aos projetos elaborados, a Defesa Civil trabalha no desenvolvimento de Planos de Contingenciamento de Proteção e Defesa Civil para Desastres Naturais, Desastres Tecnológicos e Desastres Aeronáuticos.

“O plano é voltado para respostas do que eu devo fazer quando eu me deparo com uma situação de inundação, enchente, alagamento na cidade, desastres tecnológicos, como em indústrias, por exemplo, e até em acidentes com aviões, se uma aeronave vier a cair em um bairro populacional. Para quem eu devo ligar. Nesse documento, tem um anexo de todas instituições cadastradas que podem ajudar a minimizar os efeitos dos desastres”, explica o coordenador.

O plano de contingenciamento é dividido em três partes (Desastres Naturais, Tecnológicos e Aeronáuticos). O de Desastres Naturais já foi concluído e é considerado inédito em Campo Grande. O documento foi desenvolvido com base no histórico de ocorrências dos últimos anos e serve de apoio para a prefeitura fazer intervenções e obras.

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