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Capital

Defesa de condenado por matar segurança em acidente quer anular júri

Aline dos Santos | 02/06/2016 08:38
Julgamento foi realizado no dia 6 de maio na 2ª Vara do Tribunal do Júri. (Foto: Guilherme Henri)
Julgamento foi realizado no dia 6 de maio na 2ª Vara do Tribunal do Júri. (Foto: Guilherme Henri)

A defesa do condutor condenado há 9 anos de prisão por matar um segurança em acidente de trânsito pede a anulação do julgamento, realizado no dia 6 de maio na 2ª Vara do Tribunal do Júri, em Campo Grande.

Richard Ildivan Gomide Lima, que está em liberdade, foi condenado pela morte de Davi Del Vale Antunes, 31 anos. O acidente foi no dia 31 de maio de 2012, na avenida Afonso Pena, em frente ao Shopping Campo Grande.

De acordo com o advogado José Roberto Rodrigues da Rosa, o recurso pede que o julgamento seja anulado ou desclassificado para conduta prevista no CTB (Código de Trânsito Brasileiro). “Peço a anulação porque dois quesitos foram mal formulados. Alternativamente, peço que o Tribunal de Justiça desclassifique a conduta”, afirma.

O recurso também requer a redução da pena do condenado, considerada muito alta pela defesa. Conforme o advogado, o pedido foi apresentado no processo, que tramita na 2ª Vara do Tribunal do Júri. Em seguida, deve ser remetido para o TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul).

Durante o julgamento, Richard chorou e disse que falava ao celular no momento em que matou no trânsito.

Nova lei - No ano passado, após mudança no CTB (Código de Trânsito Brasileiro), entrou em cena possibilidade de interpretação do caso como de homicídio culposo (sem intenção), com pena de até 10 anos de prisão.

O processo foi para uma Vara Criminal, onde são julgados os homicídios culposos. Mas, o juiz não aceitou e o impasse foi parar no TJ/MS. O tribunal decidiu que o caso deveria seguir na 2ª Vara do Tribunal do Júri.

Morte - Com o impacto da batida, Davi, que voltava para a casa após o trabalho em um bar, foi parar a 38 metros do local do acidente. O segurança morreu na hora. Richard foi preso em flagrante.

Na ocasião, o condutor se negou a fazer o teste do bafômetro, contudo, foi registrado um termo de embriaguez, pois, conforme os policiais que atenderam a ocorrência, o jovem apresentava forte odor de álcool, além da voz pastosa e embargada.

Em audiência na 2ª Vara do Tribunal do Júri, Richard assumiu que estava em um motel antes do crime e bebeu uma taça de champanhe. Ele chegou a ficar preso por cinco meses.

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