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Capital

Delegada encerra inquérito e sugere acompanhamento psicológico para adolescente

Francisco Júnior | 10/04/2012 18:55

Adolescente matou os irmãos no último sábado, no bairro Moreninhas

Garoto sendo levado por policiais para prestar depoimento na delegacia. (Foto: Minamar Júnior)
Garoto sendo levado por policiais para prestar depoimento na delegacia. (Foto: Minamar Júnior)

A delegada da Deaij (Delegacia de Atendimento a Infância e Juventude) Maria de Lourdes de Souza Cano encerrou nesta terça-feira (10) o inquérito da morte de Rodrigo dos Santos Vilar, 20 anos, e Walquiria dos Santos Vilar, 22 anos, assassinados pelo próprio irmão, um adolescente de 15 anos, no último sábado, no bairro Moreninha 2, em Campo Grande.

Na manhã de hoje, o garoto, os pais e mais três pessoas prestaram depoimento na delegacia. No período da tarde, o adolescente foi ouvido na promotoria da Infância e Juventude.

No inquérito, Maria de Lourdes sugere que o adolescente receba acompanhamento psicológico e psiquiátrico. “É uma pessoa que não apresentou nenhum motivo para cometer o crime”, disse.

A delegada descartou fazer uma reconstituição do crime. “Isso traria muita dor para os familiares. Já que teríamos que levar o garoto de novo para casa. A família ainda está morando lá”, explicou a delegada ressaltando que a investigação já está completa.

O adolescente está sendo acompanhado por um defensor público, pois a família não constituiu advogado.

Durante o depoimento, ele se mostrou frio, sem qualquer sentimento de culpa e disse não se arrepender do que fez. Chegou a revelar que depois de assassinar o irmão de 19 anos ainda furtou a carteira dele, mochila e outros pertences pessoais. Na noite anterior ao assassinato, jogou videogame com Rodrigo dos Santos, a quem assassinou horas mais tarde.

Segundo a delegada Maria de Lourdes Cano, durante depoimento o estudante relembrou os acontecimentos com naturalidade e frieza. Disse, inclusive, que se os pais estivessem em casa, eles também seriam mortos.

Ele vai responder por duplo homicídio, qualificado por motivo torpe, fútil e vingança. Já o pai, o policial civil Paulo Vilar, vai responder por omissão de cautela.

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