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Capital

Delegado aguarda dois laudos para relatar homicídio em hotel à justiça

Renan Nucci | 27/04/2015 11:50
Delegado Miguel Said, da 1ª DP, investiga homicídio ocorrido em hotel no dia 18 deste mês. (Foto: Alcides Neto)
Delegado Miguel Said, da 1ª DP, investiga homicídio ocorrido em hotel no dia 18 deste mês. (Foto: Alcides Neto)

O delegado Miguel Said, da 1ª Delegacia de Polícia de Campo Grande, espera o resultado de dois laudos para concluir inquérito e relatar o caso da morte de Paulo César Oliveira, 49 anos, à justiça. A vítima foi assassinada sem motivo por uma pessoa que ela nem conhecia, no quarto do hotel onde estava hospedada, na noite do dia 18. O autor, Rafael Martinelli Queiroz, 27, lutador profissional está recolhido na Penitenciária de Segurança Máxima da Capital.

Segundo Said, não há duvidas quanto a autoria e motivação. A expectativa é que o inquérito seja relatado ainda nesta semana, mas para isso, espera o exame necroscópico feito no corpo de César, e a análise do local, que pode trazer mais informações sobre a dinâmica do crime. Visivelmente alterado na noite dos fatos, Rafael também foi submetido a um exame toxicológico que busca saber se ele estava sob efeito de substância psicoativa. Ele pode passar por exame psicológico.

Crime - O lutador natural de Araçatuba (SP) e radicado em Valparaíso (SP) veio a Campo Grande para competir em um evento de Jiu-Jitsu no Círculo Militar, do qual foi desclassificado por não ter comparecido no momento da disputa, na noite do dia 18. Ele então retornou, por volta das 20h, para o Hotel Vale Verde, onde estava hospedado com a namorada em um quarto no segundo andar.

De acordo com o boletim de ocorrência, Rafael teria se revoltado com a mulher de 24 anos, por ciúmes. A discussão deu espaço à agressões, tendo a jovem conseguido fugir e se refugiar na recepção do estabelecimento. No que a defesa considera um surto psicótico, o lutador fez buscas pela namorada destruindo a porta dos quartos, câmeras de segurança, sensores de presença, extintores e até mesmo o forro de gesso.

Ao verificar o que estava acontecendo, Paulo César acabou espancado até a morte com cadeiradas pelo lutador que possui 140 quilos e quase dois metros de altura, ante os 70 quilos do engenheiro eletricista que havia se hospedado no quarto 216 duas horas antes. Pelo crime, Rafael vai responder por homicídio qualificado (por motivo fútil e por dificultar a defesa da vítima), lesão corporal dolosa no âmbito da violência doméstica (por ter atacado a namorada), por dano qualificado (destruição do hotel) e resistência (pois na primeira abordagem tentou evitar sua prisão).

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