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Capital

Delegado espera laudo para encerrar caso de agressão com latinha

Professora universitária que foi agredida durante confusão no trânsito prestou depoimento na tarde desta sexta-feira

Anahi Zurutuza e Amanda Bogo | 15/07/2016 17:48
Professora disse que ‘vai até o fim’ para que agressor seja punido (Foto: Amanda Bogo)
Professora disse que ‘vai até o fim’ para que agressor seja punido (Foto: Amanda Bogo)

O delegado Daniel Rodrigues da Silva deu por encerrado o trabalho da Polícia Civil sobre o caso da professora universitária atingida por uma lata de cerveja durante uma confusão no trânsito. Ele disse que falta apenas o resultado do exame de corpo de delito, feito no Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) logo após a agressão, para encaminhar a ocorrência e o laudo à Justiça.

“Na parte criminal, o que podia ter sido feito, foi feito. Ouvimos os dois lados. Agora, vamos esperar o laudo e encaminhar para a Justiça, que decidirá o que será feito a partir daí”, afirmou Daniel.

Vera de Matos Machado, 55, foi ouvida na tarde desta sexta-feira (15), na 5ª Delegacia de Polícia da Capital. O resultado do exame de corpo de delito tem até 30 dias para sair.

Apesar da violência, o crime de lesão corporal é considerado de menos gravidade. Por isso, o empresário Silvio Pereira José Terceiro, 40, assinou um termo circunstanciado de ocorrência, se comprometendo a comparecer todas as vezes que fora convocado pela polícia ou pela Justiça. Ele responderá em liberdade.

Eduardo Tironi, advogado da vítima, disse ao sair da delegacia, que também vai aguardar o laudo do Imol para então decidir com a cliente que providências tomar na área cível. O empresário pode ser processado por danos morais.

Mas, a professora universitária disse ao chegar na delegacia que vai “até o fim” para que o agressor receba a punição merecida. “Quem sofre este tipo de violência tem de ir até o fim”, disse ao chegar, por volta das 14h30.

Versão da vítima – A confusão aconteceu na avenida Ernesto Geisel e o motorista agressor trafegava no mesmo sentido atrás do carro onde estavam a professora e o marido dela, conforme a versão sustentada por Vera.

Ele teria buzinado várias vezes e emparelhou o veículo dele com o automóvel do casal. A professora e o outro condutor abaixaram os vidros e o homem teria dito que ela estava atrapalhando o trânsito, que ele estava com pressa. Vera contou, segundo o advogado, que questionou o fato dele estar dirigindo sob efeito de álcool e, neste momento, o empresário teria ficado nervoso, atirado a lata de cerveja nela e disparado com carro.

Ao ser questionada sobre a versão de Silvio Terceiro, a professora disse que jamais mentiria sobre o que aconteceu. “Sofri uma violência que eu não esperava”.

Outro lado – Silvio foi ouvido na segunda-feira (11). Segundo o delegado responsável pelo caso, ele negou que estava bêbado, mas disse que havia consumido uma pequena quantidade de bebida alcoólica.

Ele disse que aguardava no semáforo quando o carro em que a professora estava parou ao lado do veículo que dirigia, quando ela começou a proferir ofensas e xingamentos ao homem, que nervoso com a situação, jogou uma lata de cerveja para acertar o carro da mulher.

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