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Capital

Delegado vai pedir prisão de reponsáveis por mortes na Vila Nasser e Vila Dedé

Renan Nucci | 10/11/2014 09:38
Anderson disse que matou Eric após uma discussão por causa de uma dívida de moai. (Foto: Marcelo Calazans)
Anderson disse que matou Eric após uma discussão por causa de uma dívida de moai. (Foto: Marcelo Calazans)
César afirma que a vítima tinha ciúmes da namorada e por isso o atacou; ele diz que agiu para se defender. (Foto: Renan Nucci)
César afirma que a vítima tinha ciúmes da namorada e por isso o atacou; ele diz que agiu para se defender. (Foto: Renan Nucci)

O delegado Weber Luciano de Medeiros, titular da 2ª Delegacia de Polícia de Campo Grande, vai pedir a prisão preventiva de Augusto César Gemio da Silva, 18 anos, e de Anderson Rodnei Padilha da Silva, 26 anos, assim que concluir os inquéritos de homicídio pelos quais eles respondem.

Os crimes ocorreram entre os dias 18 e 30 do mês passado, e ambos os suspeitos estão em liberdade. A polícia tem 30 dias para finalizar as investigações, no entanto, o prazo pode ser prorrogado.

“É bom que não matem, pois se matarem aqui na região da 2ª DP, vão ficar presos. A vida é o maior bem que uma pessoa tem e ninguém tem o direito de tirá-la. Ele respondem em liberdade porque estão livres, pois se eu pudesse, não deixaria”, afirmou Weber.

Dívida - Na noite do dia 18 de outubro, Anderson matou a tiros Eric Ricardo Amâncio de Lima, 26 anos, durante  desentendimento por causa de uma dívida de moai (sistema de poupar dinheiro geralmente feito entre amigos) avaliada em R$ 800, na Vila Nasser.

Ele se apresentou no dia 26 acompanhado do advogado, e disse que agiu para se defender após ter sido agredido pela vítima em uma conveniência da região.

Sem parte da perna esquerda e com dificuldade de locomoção devido a um acidente de trânsito, Anderson alegou que Eric invadiu o estabelecimento onde ele estava, e o atacou para cobrar o pagamento do moai - o sobrinho de Eric desistiu de pagar as mensalidades, mas queria receber mesmo assim.

Anderson disse que foi covardemente golpeado, que fugiu, mas que se encontrou novamente com a vítima, supostamente por acaso. Ela então voltou a atacá-lo e, para se defender, ele sacou uma arma que estava no carro e atirou.

“Nem eu e nem ele tínhamos algo a ver com isso. Ele veio me cobrar de uma coisa que nem era dele, e mesmo que fosse, não teria direito, pois desistiu do moai porque quis e não poderia prejudicar outras pessoas que estavam pagando”, explicou o autor em sua apresentação. Durante diligências acerca deste crime, o delegado Weber apreendeu um revólver calibre 38 utilizado na ação.

Ciúmes – No dia 30, César atirou e matou Luis Gabriel Almeida Barbuio, na Vila Dedé. Ele se apresentou no último dia 05, com dois advogados, e afirmou que agiu para se defender, já que era motivo de ciúmes e discussão entre a vítima e a namorada. Ele relatou que na noite do homicídio seguia com um amigo para ver uma oportunidade de emprego, quando encontrou Gabriel. Os dois discutiram e César atirou. O rapaz disse que já vinha sendo ameaçado e por este motivo, havia adquirido o revólver (calibre 32). “Ele veio pra cima de mim. Só me defendi”, afirmou na ocasião.

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