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Capital

Demitidos há 60 dias, funcionários não recebem pagamento e amargam prejuízos

Graziela Rezende | 25/07/2013 12:52
Funcionário teria 6,5 mil só de FGTS para receber. Foto: Cleber Gellio
Funcionário teria 6,5 mil só de FGTS para receber. Foto: Cleber Gellio
Trabalhador pagou conta de água para colega. Foto: Cleber Gellio
Trabalhador pagou conta de água para colega. Foto: Cleber Gellio

A demissão inesperada de 60 funcionários da empresa fabricante de balanças Filizola, localizada na avenida Costa e Silva, Vila Progresso, em Campo Grande, agravou ainda mais a situação dos trabalhadores que já estavam há dois meses sem salário, cesta básica e vale transporte, além de anos da falta do depósito de FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).

Indignados, não só pela falta de respeito com os funcionários, que amargam prejuízos, bem como qualquer justificativa por parte da empresa, eles se reunirão na tarde desta quinta-feira (25), no Sindicato dos Metalúrgicos. Porém, pouco antes, a categoria marcou encontro no cruzamento da avenida Fernando Côrrea da Costa com a Ernesto Geisel, para comparecer em peso ao local e pedir providências urgentes.

“Nos meses de dezembro de 2012 a janeiro deste ano, ocorreu uma grande demissão. Porém, eles nos informaram que seria por conta de um processo judicial e que reestruturariam a empresa, com a chegada de recursos. Tudo seguiu normal até maio, quando a gente não recebeu salário e teve todos os benefícios cortados”, diz o supervisor de produção Felício Ludgero, 52 anos.

Um mês depois, no dia 11/06, Ludgero recebeu R$ 134, o que equivale a 20% da sua remuneração mensal. “Quem consegue viver com isso? Tenho uma filha pequena e ainda me solidarizo com os colegas que passam por dificuldades. Hoje mesmo eu paguei R$ 90, parcelado no meu cartão, a conta de água de um colega e sei de outros que estão sem luz e sob ameaça de serem presos, por não pagarem a pensão alimentícia dos filhos”, lamenta Ludgero.

No seu caso, que contabiliza sete anos de empresa, ele afirma que este ano não houve nenhum depósito do seu FGTS. “Os funcionários estão há mais de anos sem receber este depósito. Eles falam que vão negociar, mas a gente liga na empresa e não tem nenhuma satisfação. Queríamos ao menos a liberação do FGTS para depois vir a rescisão da empresa”, explica Ludgero.

Assim como ele, o líder do almoxarifado, João Eugênio, 28 anos, está sem a promessa de acerto e com dificuldades financeiras. Ele trabalhou por sete anos no local. “Não queremos nada mais que nossos direitos. Apostamos no ‘nome forte’ da empresa e que as últimas demissões seriam passageiras, mas não foi bem assim”, disse Eugênio, também a caminho do Sindicato dos Metalúrgicos.

O Campo Grande News tentou entrar em contato com a empresa, tanto nas filiais da Capital como de São Paulo, porém não obteve resposta.

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