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Cidades

Moradores e comércio aguardam por liberação da Ceará no sábado

Jorge Almoas | 02/12/2010 17:19

Rotina voltará ao normal depois de sábado

Operários realizam retoques para liberar Ceará (João Garrigó)
Operários realizam retoques para liberar Ceará (João Garrigó)

A vida ia tranquila em dezembro de 2009. Naquele clima que antecede o Ano Novo, repleto de planos e mesas fartas, a rotina começou a desmoronar literalmente. Um buraco se abriu na Avenida Ceará e transformou a vida de milhares de pessoas que circulavam pela via todos os dias.

Quase um ano depois do início do tormento, a avenida está pronta para ser liberada no próximo sábado e o clima para quem depende da Ceará é de expectativa. O Campo Grande News conversou com moradores e trabalhadores que aguardam a volta da rotina.

Moradora há três anos do Condomínio Cachoeirinha, um dos mais afetados com as obras na Avenida Ceará e na Rua Ricardo Brandão, a acadêmica de Medicina Veterinária Juliana Rozin Barbosa, de 17 anos, acompanhou toda a “vida” do buraco.

“Estava em casa naquele dia quando choveu e destruiu tudo. Da janela do meu apartamento, eu vi a Ricardo Brandão virar um rio. Nem um minuto depois, a quadra do meu condomínio tinha caído”, relata Juliana.

A estudante aguarda ansiosa a reabertura da Avenida Ceará por dois motivos. “O trânsito na 15 de Novembro ficou muito difícil, porque tudo ficou fechado, e o tumulto era grande. E essas máquinas fazem muito barulho. Espero poder descansar sem o barulho, só o da avenida que vai voltar a funciona”, disse.

Mesmo quem não mora em Campo Grande sofreu durante o período em que a Ceará ficou interditada. O jornalista Francisco Ortega, de Sidrolândia, conta o que vai melhorar com a reabertura do local. “Ir ao shopping ficou mais difícil. Agora o asfalto está novo, está bonito. Vai ser uma beleza”, comenta Francisco.

Trabalhando há 11 anos em uma universidade próxima a Ceará, a auxiliar de serviços gerais Silvana Sena, de 42 anos, tinha que colocar o pé na estrada depois que o buraco passou a dominar o cenário na via.

“Estava acostumada a descer do meu ônibus na frente do trabalho. Agora preciso dar uma volta enorme, fora o tempo que gasto a mais, tenho que levantar mais cedo. Não vejo a hora de liberar e tudo ficar como antes”, aguarda Silvana.

(João Garrigó)
(João Garrigó)

Comércio - Além da rotina de moradores e estudantes, a interdição da Ceará prejudicou alguns comerciantes da região, com queda do movimento e conseqüente diminuição nas vendas.

“Graças a Deus! Não via a hora de liberarem a Ceará”, comemora Marly Sandim, vendedora de uma concessionária de motos. “Além do transtorno para chegar ao trabalho, o movimento da loja caiu”, acrescenta a vendedora.

“Tivemos que investir em divulgação para não fechar as portas. O bom é que nesse Natal o presente vai ser a avenida liberada”, disse Marly. Mesma opinião tem a atendente de uma loja de embalagens Kelly Silva, de 29 anos.

Apesar de não utilizar a Ceará no trecho interditado, ela anseia pela liberação da avenida. “Muitos clientes reclamam da volta que precisam dar para chegar a loja. Como o comércio funciona há cinco anos, não sofremos muito. A rotina é boa quando volta para deixar a gente mais confortável”, finaliza Kelly.

A previsão de inauguração da Ceará é neste sábado. Nesta sexta-feira (3), a Avenida Mato Grosso deve ser liberada para o tráfego.

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