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Capital

Depois de 36 anos, Latino Americano fecha e dá calote em 70 funcionários

Fundador diz que teve de encerrar as atividades por causa de inadimplência

Juliene Katayama | 12/02/2015 17:32
Colégio fecha encerras as atividades depois de muita história (Foto: Divulgação)
Colégio fecha encerras as atividades depois de muita história (Foto: Divulgação)

O Colégio Latino Americano iniciou o ano com as portas fechadas e dívidas trabalhistas. Funcionários e o Sintrae (Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino no MS) estão elaborando uma ação coletiva ainda para este mês.

Parte dos funcionários está sem receber os salários de dezembro e janeiro, além do 13º salário e todos os direitos trabalhistas. Segundo o fundador da escola, João Samper, 63 anos, a escola tinha 70 funcionários em situação irregular. “Estamos vendendo os materiais usados para quitar a dívida”, afirmou o empresário.

Alguns funcionários ainda continuam na escola. São oito que fazem a limpeza, segurança, entrega de documentos. “Estou feliz com os que continuaram porque estão comigo há 20, 30 anos. Alguns que ficaram já conseguiram colocação no mercado”, pontuou.

João Samper contou que foi obrigado encerrar as atividades por alta inadimplência junto com alto custo para manter o colégio. “Fechamos tudo. Uma empresa não pode declarar falência. Declaramos falência das atividades”, explicou.

O Sintrae e os funcionários se reuniram na semana passada e decidiram por uma ação coletiva para “garantir os seus direitos, até aqui, sonegados pelo referido colégio, referentes aos salários de novembro, dezembro de 2014 e janeiro de 2015, 13º salário de 2014 e 2015 (proporcional), férias vencidas e proporcionais, aviso prévio proporcional, multa de 40% do FGTS, seguro desemprego, registro na CTPS, para quem não o possui, e outros”.

Os funcionários têm até o dia 19 de fevereiro para levarem os documentos ao sindicato para integrarem a ação coletiva. Em relação aos salários atrasados, estão sendo pagos aos poucos. “Estou priorizando quem continua na escola, os desempregados e os enfermos”, resumiu Samper.

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