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Capital

Depois de congelado por dois anos, preço do pão francês sofre reajuste

Paula Maciulevicius | 18/07/2011 18:17

“Vilão” do aumento é o trigo, que subiu em média 3%

Pãozinho francês sofreu ajuste por conta da farinha de trigo. (Foto: Arquivo)
Pãozinho francês sofreu ajuste por conta da farinha de trigo. (Foto: Arquivo)

De uns dias para cá comprar o pãozinho francês de todo dia está mais caro, a culpa é do trigo, que sofreu um acréscimo de 3%, de acordo com o Sindipan (Sindicato da Indústria da Panificação de Mato Grosso do Sul). Padarias que mantinham o mesmo preço há dois anos já estudam repassar a diferença para o consumidor.

Na panificadora Pão e Tal, o preço agora sai R$ 8,40 o quilo, há dois meses foram reajustados R$ 0,60 e o gerente Gilberto Menezes, 29 anos, explica que a culpa não é só da farinha.

“Não tem impacto somente da farinha, a luz que também sobe cada dia que passa, daí queira ou não, tem que repassar para o cliente”, afirma.

Matéria-prima do pão francês, a farinha não derrubou a clientela “estamos sempre buscando o melhor, então precisa acrescentar o percentual, mas nem por isso caiu o movimento do francês”, garante. O pão continua a preferência nacional.

Em comparação a panificadoras da cidade, Menezes fala que vê preços baixos, na média de R$ 2,99, mas não acredita como. “O preço do saco da farinha mais em conta está entre R$ 65 e R$ 80, como que consegue sobreviver vendendo o pão a esse preço?”, questiona.

O presidente do Sindipan, Raul Alves Barbosa, de 70 anos, acalma os consumidores. “Não teve todo esse aumento, não, está calmo”, diz. Ele explica que algumas padarias já colocaram o acréscimo, mas que cada uma faz o preço. “Subiu um pouquinho o trigo, mas já baixo, é normal ficar nesse vai e vem”, completa.

Aumento em média foi de R$ 0,60. (Foto: Arquivo)
Aumento em média foi de R$ 0,60. (Foto: Arquivo)

De cerca de 200 padarias do Estado, não se compra trigo todo dia, algumas delas não subiram porque ainda tinham a farinha no estoque, já outras tiveram de mexer porque compraram na alta, explicou.

O acréscimo de 2 a 3% do trigo já abaixou, garante o Sindipan. “Está tudo calmo, já voltou ao normal”, diz.

Na panificadora Fornello, o pãozinho ainda não subiu, mas só por enquanto. O proprietário Nabor Marques de Almeida, de 59 anos, argumenta que o trigo teve aumento sim, mas já estabilizou e que aguarda como será para o próximo mês.

“Deu uma subida, vamos ver esse mês que vem, se estabilizar as coisas, por enquanto nada de aumento”, comenta. O preço se mantém a R$ 7,90 o quilo.

Quando se fala em aumento, o proprietário relembra da lei da oferta e da procura. “As vendas não estão aquele boom, época de férias é meio devagar, vamos retornar as aulas, para ver se melhora”, acrescenta. “Tem que ser precavido e aguardar mais”, completa.

Nas demais panificadoras consultadas, o preço também subiu. Na Bagueteria Mercearia e Padaria de R$ 7,50 foi para R$ 8,20. A Dico, há dois anos mantém o preço de R$ 7,40 e não informou se pretende aumentar o preço. Já na panificadora Empório do Pão, o francês sai a R$ 6,98 e ainda não teve reajuste.

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