Depois de folia na Avenida, carros alegóricos de escola de samba ocupam terreno baldio na Vila Carvalho
Preocupação de moradores é que população pegue "carona" e comece a jogar lixo no local
Passado os desfiles de Carnaval, as alegorias deixaram a Avenida Alfredo Scaff, na Praça do Papa e foram parar em um terreno baldio na Rua Henrique Vasques no bairro Vila Carvalho, em Campo Grande. Três carros alegóricos puxam a fila para o lixo que pode se juntar na região.
Segundo moradores, o problema antecede o desfile de Carnaval. Dias antes, eles já ocupavam o terreno, sujeito às condições do tempo. Chuva e o acúmulo de água preocupam a vizinhança por conta da dengue, que encontra ali ambiente para proliferação.
No terreno, além dos três carros e sobras de alegorias, restos de materiais de construção, tênis, e uma gaveta podem ser vistos. O receio é de que a população pegue “carona” nos carros, e comece a jogar lixo.
De acordo com um morador, já começaram a juntar mosquitos e a equipe de agentes de saúde que cobrem a região fizeram pequenos furos para que os carros não acumulem água.
“Daqui a pouco aí vai virar lixo. O povo passa, vê que já tem alguma coisa, e pensa que achou lugar para jogar”, resume.
A vizinhança admite que não procurou pelos donos dos carros, a escola de samba Unidos da Vila Carvalho, para pedir a retirada dos carros.
Segundo o presidente da escola, José Carlos de Carvalho, o terreno é do diretor de Harmonia da Unidos da Vila Carvalho e os carros já ocupam o local há três carnavais. Ele afirma que não tem acúmulo de água e que inclusive já foi até o terreno com agentes de saúde para mostrar que o local é limpo.
“Só estamos esperando a chuva acabar para mandar limpar o terreno”, fala.
O presidente desabafa que não recebe apoio da população e que nenhum morador veio questioná-lo sobre os carros.
“Se a gente não tem nem lugar para desfilar, vamos ter lugar para guardar os carros? As pessoas têm que vir falar comigo, não tem porque tumultuar”, completa.
José Carlos diz que só recebe incentivos para o Carnaval 30 dias antes da data. E que não tem como providenciar local adequado para guardar o que foi usado e é reaproveitado.
