Depois de prejuízos com a chuva, moradores sofrem com mosquitos no Santa Emília
Terrenos baldios e água empoçada incomoda os moradores
Depois da chuva consecutiva, que inundou casas em diferentes bairros da cidade, moradores sofrem com a quantidade de mosquitos. Quem mora no bairro Santa Emília, em Campo Grande, passou dias a fio na limpeza do que a enxurrada causou e agora tem que lidar com mais esse problema.
Na rotina de dona Leila Arcanjo, espantar inseto já virou hábito. “Precisa fica batendo toalha de um lado para outro o tempo todo, tentando escapar das picadas”, conta.
Durante a tarde, o que mais se vê são moradores em frente às casas, inquietos,com movimentos de quem tenta escapar das picadas.
Segundo os moradores, dormir a noite virou privilégio. Com tanto pernilongo, nem ventilador alivia.
“Tem que dormir com mosquiteiro, e com ventilador ligado, e mesmo assim eles conseguem picar”, conta a moradora Sebastiana Ferreira.
A população que sofreu com as chuvas, agora encara o que ficou pelo bairro. Vias com água ainda empoçada e vestígios de inundação na varanda. Na Rua Lamego, para a dona de casa Leonida Rezende ir até o quintal, precisa colocar botas. A água da chuva continua no gramado formando a lama.
“Sair de casa para o fundo, só assim. A gente até cortou a grama, para ver seca um pouco. A água transbordou e molhou tudo lá dentro. Moro aqui tem muitos anos e nunca demorou tanto para baixar assim”, relata.
Na tarde em que a equipe do Campo Grande News passou no bairro, encontrou a agente de saúde Rosa Pires. O trabalho dela não tem sido fácil, além dos transtornos das ruas, a infestação de mosquitos tem acompanhado a jornada.
“Tem uma casa ali que nasceram dois gêmeos. A mãe não pode sair com eles de casa. É pernilongo demais”, comenta.
Para a moradora Helena Pereira Santos, a explicação para tanto mosquito vem da quantidade de terrenos mal cuidados. “Aqui tem mais mato do que casa, a gente cuida do nosso terreno, mas se os outros não cuidam. Agora tem que andar batendo até na cara, para não deixar eles picarem”, completa.