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Capital

Depois de reclamações e mudança de local, grupo de dança da Orla pode acabar

Bruno Chaves | 09/07/2013 16:47
Projeto Movimenta Campo Grande é realizado em diversas praças públicas da cidade (Foto: Divulgação/Facebook)
Projeto Movimenta Campo Grande é realizado em diversas praças públicas da cidade (Foto: Divulgação/Facebook)

O “Projeto Movimenta Campo Grande”, desenvolvido pela Funesp (Fundação Municipal de Esporte) em diversas praças públicas de Campo Grande, pode acabar na Orla Morena. Um grupo de moradores se incomodou com o som das das aulas aeróbicas e pediu para que as atividades saíssem do local.

As atividades do programa, que têm como objetivo ampliar à população o acesso à prática da atividade física e do lazer, sempre foram realizadas no Teatro da Orla Morena, quase esquina com a Rua João Azuaga, das 18h às 18h50, nas segundas e quartas-feiras. No entanto, há cerca de dois meses, a turma formada por 80 mulheres precisou realizar as atividades em outro espaço.

“Elas foram tiradas do palco da Orla e foram colocadas em um espaço que fica quase na esquina com a Rua Santos Dumont, mesmo local onde é realizada a feira de quinta. Lá não é adequado e não tem estrutura”, afirma o presidente da Associação dos Amigos da Orla, Ricardo Sanches.

Segundo o presidente, a Funesp trocou o local das atividades por causa de quatro moradores que se incomodavam com o som das aulas. De acordo com Ricardo, esses moradores entraram com denúncia no MPE (Ministério Público Estadual). “A informação que eu tenho é que o MPE está averiguando a situação. Com isso, a Funesp pediu para que as meninas saíssem do espaço até organizarem tudo”, relata.

Por causa da mudança, afirma Ricardo, a quantidade de pessoas participantes das aulas diminuiu, assim como o rendimento da turma. Mas os problemas não param por aí. Ricardo conta que, atualmente, as aulas acontecem sem som, “quase no grito” e que os pedestres e ciclistas disputam o espaço para não passarem por cima das alunas.

“Elas dividem o local com os ciclistas e pedestres. Em horários de aula, acontecem muitos transtornos e reclamações. Ciclistas vão para a área do pedestre; e pedestres para a área do ciclista. Esses dias, uma aluna foi até atropelada por uma bicicleta”, relata.

Para resolver a situação das 20 alunas que sobraram no projeto depois da mudança de local, a Associação dos Amigos da Orla procurou a Funesp para tentar entrar em acordo sobre a realização das aulas. “Mas não tivemos nenhuma resposta por parte de ninguém”, assegura.

Como resultado, as alunas afirmam que estão desmotivadas. “Causou um transtorno muito grande porque colocaram a gente em um espaço que não é apropriado. Você está fazendo aula e passa uma bicicleta, passa um pedestre. Você fica preocupada e para de fazer a atividade para o pedestre passar”, conta a dona de casa Idalete Vieira de Lima, 44.

Ela afirmou que a procura pelas atividades, que muitas vezes são recomendadas por médicos, tem diminuído. “Estou com medo de acabarem com as aulas porque as alunas não querem ir. Quem tem condições, procura outros pólos de dança. Quem não tem condições, fica em casa. Conheço mulheres de 40, 60 e 80 que estão em casa sem vontade de sair”, diz.

Para resolver essa situação, a Associação dos Amigos da Orla fez uma reclamação oficial no site do MPE. Ela pede agilidade na questão para que a tranquilidade volte a reger os momentos de lazer da comunidade da Orla Morena.

“Os próprios moradores procuraram a associação para reclamar da situação. Queira ou não queira, está causando transtorno para a comunidade. A gente não quer que o projeto acabe, mas sim que ele continue no lugar certo”, finaliza Ricardo.

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