Derf prende acusado de 11 roubos e 2 tentativas de homicídio em 22 dias

A Delegacia Especializada de Repressão aos Roubos e Furtos (Derf) apresentou esta manhã Valderi de Jesus Araújo, conhecido como Nitora, de 25 anos, acusado de ter praticado 11 assaltos seguidos e de ter baleado uma das vítimas no mês de dezembro, em Campo Grande.

Apontado como líder de uma quadrilha que realizou “arrastões” que causaram pânico no comércio de Campo Grande, Nitora, além dos roubos, é acusado também de duas tentativas de homicídio: por ter baleado uma das vítimas, que reagiu, e de ter atirado contra policiais militares.

Nitora começou a praticar os roubos seguidos na Capital logo após ter sido encaminhado ao regime semi-aberto após cumprir um ano de prisão em regime fechado por porte de arma. No dia 3 de dezembro, na primeira série de assaltos a comerciantes na região Norte de Campo Grande, utilizou uma motocicleta roubada e dois revólveres.

Após assaltar uma loja de materiais de construção, chegou a trocar tiros com policiais militares que passavam pelo local, mas conseguiu fugir.

Entre a noite do dia 17 até a manhã do dia 18 Nitora, na companhia de um comparsa, utilizou novamente uma moto e assaltou dois comerciantes, um morador e um vigilante, na região das avenidas Euler de Azevedo e Tamandaré. Um dos comerciantes, Leopoldo de Oliveira, o terceiro a ser assaltado na madrugada, foi ferido por um tiro na barriga ao tentar reagir.

Após uma semana “parado”, Nitora voltou a agir. No dia 25 de dezembro, na noite de Natal, realizou 4 assaltos seguidos a estabelecimentos comerciais na região dos bairros Universitário, Cohab e Campo Nobre. Desta vez usou um GM Corsa branco e teve a companhia de Reginaldo Inácio de Mendonça, Marco Antonio Marinho de Melo e um adolescente. Reginaldo e Marco foram presos neste mesmo dia. O adolescente ainda não foi localizado.

De acordo com o delegado André Luiz Novelli Lopes, Nitora foi preso no bairro Taquarussu pelos assaltos do dia 25 de dezembro. Em sua casa foram encontradas 6 armas de fogo. Com o andamento das investigações, a Polícia Civil conseguiu apurar a relação de Nitora com os demais roubos praticados na Capital.

Entre as provas estão vídeos gravados por câmeras de vigilância. O acusado está sendo ouvido pelos crimes e já assumiu a participação na onda de arrastões.

“Ele mudava sempre de parceiros, mas era ele que sempre estava em todos. Podemos dizer que era a pessoa que planejava as ações, sempre com muita violência. Temos vídeos que mostram ele ameaçando e chutando as vítimas”, explica o delegado Novelli.