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Capital

Desafio do novo presidente da ACP é continuar brigando pelos reajustes do piso

Ricardo Campos Jr. | 27/11/2015 14:57
Professores elegem novo presidente nesta sexta; resultado deve sair na madrugada de sábado (Foto: Silas Lima)
Professores elegem novo presidente nesta sexta; resultado deve sair na madrugada de sábado (Foto: Silas Lima)

O novo presidente da ACP (Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação), que será conhecido após o resultado das eleições da entidade nesta sexta-feira (27), terá pela frente uma série de desafios. O mais emblemático e importante deles é garantir o reajuste de 13,01% que levou a categoria este ano a fazer a maior greve da história.

“No próximo dia 10 haverá uma reunião com o prefeito. Ele vai explicar como vai cumprir a lei do reajuste. É uma luta que o sindicato tem que fazer”, afirma o atual dirigente do sindicato, Geraldo Alves Gonçalves.

A briga salarial, segundo ele, não para por aí. Em janeiro, o Governo Federal deve aprovar um novo aumento no piso nacional da categoria.”Se o sindicato fraquejar, não vão cumprir”, afirma o representante da classe.

Gonçalves também explica que outro desafio do novo gestor é brigar pelas eleições para diretor na Reme (Rede Municipal de Ensino), uma reivindicação antiga da categoria, mas que ainda não foi implantada.

A ACP também deverá cobrar da Semed (Secretaria Municipal de Educação) a realização de concurso público. O órgão anunciou recentemente que aguardava autorização para abrir as inscrições do processo seletivo.

“Outra luta é implantar as metas do Plano Nacional de Educação. Cabe ao sindicato cobrar do poder público”, acrescenta Golçalves.

Quem for eleito também terá como missão manter as atividades sociais feitas aos professores, além de terminar as obras da Casa do Professor, um espaço com alojamentos destinados aos educadores em situação de vulnerabilidade.

“Já construímos o centro de convivência, já fizemos o pré-moldado, a cobertura, toda a ferragem e falta a parte de alvenaria. A previsão são 32 casas para atender os professores filiados em situação de risco. Cabe ao sindicato desenvolver e avançar o projeto”, afirma.

Na opinião do atual gestor, que deixa o cargo após 10 anos (três mandatos de 3 anos e mais um tampão), é preciso manter a qualidade dos serviços para manter a quantia de associados e atrair novos profissionais para atuar junto ao sindicato.

“Hoje nós temos quase cinco mil filiados. A média nacional é 18% dos professores do município e nós temos 48%. O sindicato não pode parar e tem que continuar avançando. Os professores só se filiam se ele presta um serviço interessante, já que não são obrigados e ainda pagam para isso”, conclui.

Pleito – Com 4.850 eleitores aptos a votar, o novo presidente deve ser conhecido por volta da 1 hora da madrugada de sábado, já que a votação acontecerá entre 8 da manhã e às 20 horas, com sistema de cédulas de papel. Só haverá urnas na sede da entidade na Rua 7 de Setembro.

Os dois candidatos a presidente - Lucílio Souza Nobre, da chapa 1, e Renato Pires de Paula, da chapa 2- são professores da Escola Estadual Joaquim Murtinho. O atual presidente, Geraldo Alves Gonçalves, deixa o cargo após 10 anos (três mandatos de 3 anos e mais um tampão) apóia a chapa 1.

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