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Capital

Descoberto esquema de furto em hipermercado de Campo Grande

Elverson Cardozo | 28/09/2012 17:41
Delegada Christiane Grossi, da 1º Delegacia de Polícia. (Foto: Rodrigo Pazinato)
Delegada Christiane Grossi, da 1º Delegacia de Polícia. (Foto: Rodrigo Pazinato)

A Polícia Civil descobriu um esquema de furto no hipermercado Wallmart, em Campo Grande, que envolve funcionários e ex-funcionários da empresa. A situação veio à tona no sábado (22) à noite, por volta das 21h, após a prisão de três pessoas, mas só foi divulgada nesta sexta-feira (28).

Gislei Cordeiro Marques Ximenes, de 32 anos, ex-funcionária da rede, foi ao hipermercado com a cunhada, Ana Paula de Carvalho Pinto, de 18 anos, onde comprou um salgadinho e um refrigerante. A conta deu R$ 6,57 e foi paga no débito.

Em outro departamento, com o cupom da compra em mãos – emitido em seu nome -, Gislei solicitou e emissão de Danfe (Documento Auxiliar de Nota Fiscal Eletrônica). O detalhe é que este comprovante, que acompanha a nota fiscal, só deve ser emitido quando há compra de produtos que tem garantia do fabricante.

Mesmo assim, o documento foi fornecido e, de posse dessa nota auxiliar, Gislei e a cunhada se dirigiram ao setor de eletroeletrônico, onde um funcionário, identificado como Mario Adolfo Ribeiro, de 36 anos, carimbou a folha - que discriminava a marca do salgadinho e refrigerante comprados (no valor de R$ 6,57) – e liberou a entrega de uma televisão, da marca Samsung, de 42 polegadas, que custa R$ 2.198,00.

Segundo a delegada que investiga o caso, Christiane Grossi de Araujo Rocha, da 1º Delegacia de Polícia, o “esquema” só foi descoberto no final, quando um quarto envolvido, Jovaine Freitas Soares, de 28 anos, que também é ex-funcionário, tentou retirar a nota fiscal do produto.

Um dos funcionários do hipermercado, ao conferir o documento, acabou descobrindo o golpe. “O segurança, na hora de conferir a nota, viu que não era uma TV que estava ali”, afirmou a delegada.

Prisão – A PM (Polícia Militar) foi acionada e prendeu em flagrante três dos quatro envolvidos: Ana Paula, Mario Adolfo e Jovaine. Eles serão indiciados pelos crimes de formação de quadrilha e furto mediante fraude, cuja pena pode variar de 1 a 3 anos de detenção. Gislei Cordeiro, a ex-funcionária, conseguiu fugir.

Material apreendido foi encontrado em uma casa, no bairro Taquarussu, em Campo Grande.(Foto: Rodrigo Pazinato)
Material apreendido foi encontrado em uma casa, no bairro Taquarussu, em Campo Grande.(Foto: Rodrigo Pazinato)

De acordo com a delegada Christiane, à polícia Jovaine confirmou o esquema e informou o nome de outros 13 envolvidos, mas não está descartada a participação de outras pessoas.

Além disso, denúncia anônima levou os militares à casa dele, no bairro Taquarussu, em Campo Grande. A residência funcionava como depósito das mercadorias que eram furtadas no Walmart.

Foram apreendidos geladeira, microondas, um fogão de seis bocas, computadores, home theater, bebida, entre outros itens. As mercadorias estão avaliadas em torno de R$ 12 mil.

A mãe de Jovaine disse que não sabia do esquema e, por isso, estava usando alguns dos eletrodomésticos. “Ele contava que os produtos com defeito eles vendiam mais barato para funcionários”, disse a delegada.

Jovaine Freitas Soares trabalhou por 4 anos no Wallmart. Ele foi desligado do quatro de funcionários em dezembro do ano passado.

De acordo com a delegada Christiane Grossi, o inquérito policial sobre o caso deve ser finalizado em 30 dias. Como as investigações estão no início, ainda não é possível dizer desde quando o golpe estava sendo aplicado e qual a participação individual de cada suspeito. "A investigação vai fechar em cima deles", finalizou.

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