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Capital

Diretora de Ceinf por 12 anos é demitida e pais protestam

Luciana Brazil | 07/02/2013 12:21
Mães se reúnem para protestar contra exoneração da diretora. (Fotos:Rodrigo Pazinato)
Mães se reúnem para protestar contra exoneração da diretora. (Fotos:Rodrigo Pazinato)

A demissão da funcionária comissionada Cleusa Michelloni, 56 anos, há 12 anos diretora do Ceinf (Centro de Educação infantil) Flória Brites de Eugênio, no bairro Moreninhas II, gerou revolta no início da manhã de hoje (7) entre os pais inconformados com a exoneração. Depois do protesto, a nova diretora assumiu o cargo no fim da manhã e já deu início aos trabalhos.

A servidora demitida lamentou a forma como foi dispensada do cargo e acredita que a demissão poderia ter sido feita de outra forma. Ela ainda garante que preenche os critérios técnicos exigidos pela função, já que há 34 anos trabalha com educação, além de ter graduação em letras.

A servidora ainda explica que não sabe o motivo por qual foi exonerada. “Ninguém me explicou nada”.
Além de Cleusa, 26 outras diretoras comissionadas foram demitidas. Para ela, a nova administração tem “direito de dispensar quem quiser”, mas discorda da maneira como foi demitida.

“Concordo com a dispensa. O prefeito tem todo direito de fazer isso, mas eles poderiam ter nos chamado, apresentado a nova diretora. Como vou deixar as crianças assim? Estou sem secretária”, explica.

Vestir a camisa da administração municipal é como Cleusa garante trabalhar. “Ele está perdendo uma grande parceira. Eu visto a camisa do patrão”, brinca.

Uma dezena de mães segurava cartazes com frases imperativas de apoio a diretora. “Queremos que nossa diretora fique”.

Cleusa lamenta a forma como tudo foi feito e diz que as coisas poderiam ser mais claras.
Cleusa lamenta a forma como tudo foi feito e diz que as coisas poderiam ser mais claras.

Adriana da Silva Oliveira, 37 anos, ressalta a confiança dos pais na comissionada. “Se ela não fosse boa diretora, nós não estaríamos aqui”, declarou.

“Um filho meu fica aqui enquanto eu trabalho. E eu confio nela. Estamos muito tristes”.

Cleusa lembra que deixa o cargo preocupada com sua imagem. Segunda ela, a exoneração pareceu ser por capacidade técnica, o que ela garante não ser problema. “Sou concursada do Estado. Trabalhei muitos anos com pessoas gabaritadas. Tenho 34 anos de serviço. Estou triste como tudo foi feito. Nunca tive problema como mães ou pais. Sou uma profissional da educação. Não sei porque fui demitida”.

Com dois filhos no Ceinf, Maria da Graça, 45 anos, destaca o trabalho da diretora como profissional e de qualidade. “Ela cuida dos nossos filhos. Não tem porque demitir, se ela é boa e está fazendo o trabalho que precisa ser feito”.

Mãe demitida: Merendeira de uma empresa terceirizada, Adriana Oliveira, uma das mães que protestavam contra a saída da diretora, diz que está sem trabalho, já que o contrato entre a prefeitura e a empresa de alimentação foi cancelado.

Ela explica que a empresa fez o pagamento do salário, mas de forma reduzida, como recesso. “Sou funcionária da empresa, mas recebemos um salário mínimo, mas recebemos menos, por causa do contrato”.

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