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Capital

Dívida milionária é impasse na devolução da Santa Casa a entidade

Após rodada de reuniões, uma nova proposta deve ser levada hoje ao governo do Estado

Aline dos Santos e Carlos Martins | 10/12/2012 13:00
Hospital deve ser devolvido no ano que vem (Foto: Marlon Ganassin/Arquivo)
Hospital deve ser devolvido no ano que vem (Foto: Marlon Ganassin/Arquivo)

Prevista para acontecer até abril do ano que vem, a devolução da Santa Casa para a ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande), responsável pela administração até 2005, esbarra no impasse sobre quem vai pagar a dívida da unidade hospitalar.

De acordo com o presidente da associação, Wilson Teslenco, o governador André Puccinelli (PMDB) se comprometeu a assumir a dívida com a Enersul. A conta de energia elétrica chega a R$ 18 milhões. Já o valor global do débito do hospital é calculado pela ABCG em R$ 150 milhões. Balanço publicado pela KPMG Auditores Independentes, aponta que a dívida em 2011 chegava a R$ 84 milhões.

“Tem muitas ações tramitando. Os valores ainda são de origem, não condizente com o de condenação. O potencial de crescimento é muito grande”, afirma Teslenco, ao justificar a cifra R$ 150 milhões.

Após rodada de reuniões, uma nova proposta deve ser levada hoje ao governo do Estado. Teslenco não explica a solução que será apresentada. “Vamos fazer a proposta para o noivo, se estiver apaixonado mesmo, casa”, compara. Neste caso, o noivo é o governador.

Segundo o presidente da ABCG, até então a proposta do poder público segue o estilo “pegar ou largar”. Teslenco relata que o maior problema é a dificuldade de administrar com uma dívida tão grande.

A associação quer que o poder público assuma o débito. O hospital está há sete anos sob intervenção. Inicialmente, foi por medida administrativa da prefeitura. Depois, a intervenção foi determinada pela Justiça, que estipulou a devolução em 2013. “Todos são responsáveis. Não por interesse da ABCG, mas por interesse da sociedade.

O noivo – O governador André Puccinelli afirmou que hoje venceu o prazo para repasse de informações. Contrariado, ele foi enfático. “Se não tiver acordo, eu largo mão. Aí se entendam com outro governado e com outro credor”, declarou nesta segunda-feira.

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