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Capital

DNA de filha de desaparecido pode revelar identidade de ossada em carro

Luana Rodrigues | 08/01/2016 10:48
A ossada foi encontrada dentro do porta-malas (Foto: Direto das Ruas)
A ossada foi encontrada dentro do porta-malas (Foto: Direto das Ruas)

Um mês depois de um catador de latinhas encontrar uma ossada em um porta-malas de um carro, em uma estrada vicinal que dá acesso a pista de aeromodelismo, no minianel viário de Campo Grande, ainda não se sabe a identidade do corpo. A polícia aguarda o resultado do laudo da perícia e agora comparação do DNA encontrado na ossada com o da filha de Bruno Franco de Godoi de 26 anos,desaparecido desde o dia 26 de novembro, pode levar a identidade do corpo.

Conforme o delegado responsável pelo caso, Paulo Henrique Sá, da 7ª Delegacia de Polícia Civil, o motivo para o teste de DNA, é que uma sacola com documentos de Bruno e um boletim de ocorrência foi encontrada ao lado do veículo. "Por causa desses documentos, começamos a investigação pelo Bruno, no entanto, não é possível afirmar que se trata realmente dele, porque pela aparência dos ossos, a morte não é recente, mas a confirmação disso depende da perícia", explicou o delegado.

Bruno está desaparecido desde o dia 26 de novembro, quando a mãe dele foi até a delegacia registrar o desaparecimento do rapaz, já a ossada foi encontrada no dia 03 de dezembro. A mãe do rapaz já foi ouvida pela polícia, juntamente com a ex-namorada dele. As mulheres prestaram depoimento porque quatro dias antes de desaparecer, a vítima havia registrado um boletim de ocorrência alegando ter sido vítima de uma tentativa de homicídio. "Ele disse que o namorado de sua ex-esposa havia ido até a casa onde mora e atirado duas vezes contra ele, mas essa acusação estava sendo apurado ainda", pontuou.

Simulação de morte - Outra suspeita da polícia é de que houve simulação da própria morte neste caso. Conforme informações do delegado titular da 7ª delegacia, Geraldo Marim, os ossos encontrados no carro não "completam" um corpo humano e estão em um estágio avançado de decomposição. "Ficou muito claro que a cena não é comum. Portanto, alguém pode sim estar tentando forjar o acontecido para favorecimento próprio ou qualquer outro motivo", explicou o delegado.

No porta-malas do carro havia quatro pneus, indicando que o criminoso teria usado o método “micro-ondas”, onde envolvem a vítima com a borracha e ateiam fogo, para acelerar o processo de queimar o corpo. O veículo está no nome de Bruno, tem várias passagens pela polícia por crimes como estelionato, falsificação e porte de arma de fogo. "Vamos investigar o paradeiro dele, a origem da ossada e se o Bruno tem alguma relação com tudo que foi encontrado ontem", afirmou o delegado.

A família de Bruno contesta essa linha de investigação da polícia. Conforme a advogada da família, Mirella Prado, é remota possibilidade do Bruno ter forjado a própria morte."A família agarra-se até a última esperança, haja vista que não fora comprovado devidamente que trata-se de Bruno, não se apegando em mera suposições e especulações", afirmou.

Caso tenha forjado a própria morte, Bruno pode responder por comunicação falsa de crime, fraude processual e vilipêndio de cadáver. O caso será investigado pela 7ª Delegacia de Polícia, no Jardim Panamá, e pelo SIG (Serviço de Investigações Gerais) do Departamento de Polícia Civil.

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