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Capital

Doença sazonal, gripe dobra venda de medicamentos em Campo Grande

Elverson Cardozo | 12/07/2013 09:04
Farmacêutica, Camila Gozales confirma que os casos aumentaram na cidade. (Foto: Elverson Cardozo)
Farmacêutica, Camila Gozales confirma que os casos aumentaram na cidade. (Foto: Elverson Cardozo)

Nas farmácias de Campo Grande, a procura por medicamentos que combatem a gripe praticamente dobrou. Nas empresas, o número de funcionários que pediram afastamento porque estavam passando mal, também aumentou. A Capital, nos últimos dias, parece estar vivendo uma epidemia, mas, segundo especialistas, o “mau momento” é temporário, sazonal.

Está ligado à estação, o inverno, época em que, geralmente, as pessoas ficam gripadas com mais facilidade “Nesse período aumentam as doenças respiratórias”. A explicação é da infectologista Haydde Marina do Valle Pereira, de 46 anos.

Mas é preciso tomar cuidado, ela alerta. Há dois vírus circulando por Campo Grande, a Influenza A, de subtipo H1N1 e H3N3. De acordo com o último boletim epidemiológico divulgado esta semana pela Secretaria de Saúde de Mato Grosso do Sul, mais duas mortes de vítimas de gripe A foram confirmadas na cidade, sendo uma do tipo H1N1 e a outra H3N2.

Com estes registros, o número de casos confirmados sobe para cinco. A Secretaria investiga, ainda, outras cinco mortes na Capital com suspeita do vírus.

A infectologista Hayde reitera que os casos de gripes na cidade não representam um surto, mas afirma que os pacientes precisam estar atentos aos sinais. A Influenza se assemelha à gripe comum. O que muda são os sintomas. “O vírus causa tosse, febre alta, abrupta, dor de garganta, coriza. Se tiver esses sintomas o indicado é procurar assistência médica”, disse.

Procura por antigripais aumentaram nos últimos dias. (Foto: Elverson Cardozo)
Procura por antigripais aumentaram nos últimos dias. (Foto: Elverson Cardozo)

Alternativa - Em casos mais simples, uma ida à farmácia, e o tratamento com medicamentos adequados podem ajudar. Na Capital, a procura por remédios nas drogarias aumentou consideravelmente. Farmacêutica de uma filial no centro, Camila Gozales Munaretto, de 23 anos, disse que as vendas aumentaram em pelo menos 50% em apenas dois meses.

Os remédios mais procurados são os antibióticos. Por dia, só de receitas retidas, ela guarda pelo menos 70. Os antigripais também saem bastante, seguidos dos antiflamatórios e xaropes expectorantes. Farmacista de outra empresa, também na região central, Danilo Silva, de 29 anos, foi outro que percebeu aumento no faturamento, especialmente de um antigripal popular.

Das 408 unidades encomendadas, pelo menos 100 já haviam sido vendidas. Mas não é só os medicamentos que estão sendo procurados. Na lista, encontram-se os inaladores e umidificadores de ar. Na loja onde Camila trabalha sobraram poucos.

A reclamação mais comum, além dos sintomas característicos relatados por quem tenta encontrar uma solução nas farmácias é a falta de atendimento - ou péssimo - na rede pública de saúde. “A gente ouve isso todos os dias”.

Danilo confirma a situação e revela a orientação que costuma dar aos clientes. “A gente manda no posto de saúde só quando a pessoa precisa pegar antibiótico, que não vende sem receita”.

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