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Capital

Dois bairros e um problema comum: o medo dos bandidos

Viviane Oliveira | 31/01/2013 19:46
Comerciantes e moradores vivem com medo de assaltos. (Foto: Luciano Muta)
Comerciantes e moradores vivem com medo de assaltos. (Foto: Luciano Muta)

Mesmo com muro alto, cerca elétrica, grades e câmeras de segurança, os comerciantes e moradores do bairro Carandá Bosque e Mata do Jacinto, na região Norte, em Campo Grande, tem sofrido com a ação de bandidos no local.

Uma loja de objetos de pequenos reparos na rua Vitório Zeolla foi recém inaugurada, mas já foram instaladas quatro câmeras de segurança. Apesar do local não ter sido assaltado, a funcionária Michela Vargas, de 24 anos, explica a preocupação do dono do estabelecimento, que montou o comércio a pouco mais de um mês.

“Aqui os assaltos são constantes. Por causa do medo venho trabalhar sem bolsa. Trago só o meu celular para não chamar muita atenção”, disse.

Michela, mora perto do trabalho, e conta que a região é alvo dos bandidos. “No ano passado pelo menos cinco residências na rua da minha casa foram roubadas”, afirma.

Próximo dali, no bairro Mata do Jacinto, os moradores também vivem com medo atrás de grades e vigiados por câmeras.

A dona de uma conveniência, que pediu para não ser identificada, na rua Olimpio Klafke, conta que após às 22h fecha as portas e passa atender por uma janela feita na grade de proteção. “Depois que fui vítima de um assalto, procuro não facilitar muito”, afirma.

Na mesma rua, o comércio da família de Larissa Lopes, de 25 anos, já foi alvo de bandidos por pelo menos 15 vezes. O última foi em dezembro do ano passado, quando o assaltante levou R$ 600. “Ele chegou, apontou a arma para a minha mãe, pegou o dinheiro e saiu a pé calmamente, como se nada tivesse acontecido”, lamenta.

Mas um dos momentos mais traumáticos que Larissa relembra, foi o assalto que resultou na morte do ladrão. O rapaz colocou a arma na cintura da minha mãe e anunciou o roubo, porém ele não sabia que no interior da padaria havia um policial, que estava armado.

Ao reagir o ladrão morreu com dois tiros e o comparsa, que estava aguardando de moto, tentou fugir e morreu após se envolver em um acidente. “Tem que ter mais policiamento no bairro, principalmente à noite. Até quando vamos ter que passar por isso”, questiona.

Policiamento – O tenente Wellington Lopes Lafayette Julião, do Pelotão da Vila Margarida, responsável pelo policiamento na região, disse que nos dois locais as rondas foram reforçadas. Segundo ele, no bairro Carandá Bosque os policiais fazem rondas constantemente e tem um trabalho preventivo com os moradores.

“Os militares visitam os comércios para saber qual é a rotina deles e se tem algum suspeito rondando a área”, afirma. Já na Mata do Jacinto, o tenente informou que há três meses dois policiais circulam a pé no bairro. “Além dos policiais de viatura e de motos que monitoram a área”, finaliza.

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