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Capital

Dono de shopping promete pagar direitos, mas vê oportunismo entre lojistas

Lidiane Kober | 28/01/2014 17:44
Rubens disse que apenas 1% dos 300 lojistas cumpriu com obrigações contratuais (Foto: Arquivo)
Rubens disse que apenas 1% dos 300 lojistas cumpriu com obrigações contratuais (Foto: Arquivo)

Ex-proprietário do prédio que abrigava o Shopping 26 de Agosto, Rubens Salim Saad assegurou, nesta terça-feira (28), em entrevista por telefone ao Campo Grande News, arcar com todos os direitos dos lojistas, mas afirmou que a minoria cumpriu o contrato e vê oportunistas entre os comerciantes.

“Temos consciência da nossa responsabilidade e o que for de direito, vamos cumprir”, declarou o empresário. Ele, porém, disse que apenas uma minoria respeitou o contrato e teria direito a algo. “Dos 300 comerciantes iniciais, somente 1% cumpriu com suas obrigações”, informou.

Dessa forma, Saad avalia que há oportunistas no meio das 42 ações que tramitam na Justiça, cobrando indenizações por supostos prejuízos. “Há oportunistas, que nunca pagaram nada, nem aluguel, condomínio, nem IPTU”, disparou. “Eles estão mergulhando nessas ações para tentar tirar vantagens”, completou.

Ainda de acordo com o empresário, alguns abandonaram as estantes, com mercadorias dentro, justamente para alegar, em ações futuras, prejuízos com o empreendimento. “Provamos com testemunhas que o espaço foi abandonado”, comentou.

Ao mesmo tempo, Saad assegura que cumpriu com a sua parte. “Nunca entrei com ação de despejo, apesar de não receber aluguel e mantive as portas sempre abertas, com as luzes acesas e banheiros limpos”, disse. “Você acha que é brincadeira manter a administração, manter a limpeza de um shopping? Só de luz, no início, gastava R$ 70 mil por mês”, contou.

Os lojistas, por sua vez, reclamavam do abandono do espaço que, por um momento, chegou a fechar as portas dos banheiros e ficou sem segurança. Eles também lamentam o investimento e o sonho perdido. Alguns chegaram a destinar à aquisição do espaço economia de anos.

“A sessão de direito de uso do espaço é por conta e risco do comerciante”, alegou Saad sobre o investimento inicial no projeto. “Da mesma forma, que eu embarquei no sonho e perdi”, completou, afirmando, sem detalhar cifras, ter tido prejuízo com o empreendimento.

O Governo do Estado desapropriou o prédio para o TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) instalar no local o Juizado Central da Capital. Em troca, Saad recebeu R$ 38,7 milhões. Inicialmente, ele pediu R$ 50 milhões pelo espaço.

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