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Capital

Duas tragédias em 1 mês abalam moradores de uma rua no Colibri

Aliny Mary Dias e Francisco Júnior | 15/09/2014 08:11
Local onde homem foi morto. (Foto: Marcos Ermínio)
Local onde homem foi morto. (Foto: Marcos Ermínio)
Carro que teria sido roubado por suspeito. (Foto: Marcos Ermínio)
Carro que teria sido roubado por suspeito. (Foto: Marcos Ermínio)

Há um mês, praticamente no mesmo horário, um homem de 47 anos era morto a tiros e pauladas pela mulher. Trinta dias depois, em uma residência vizinha, outra morte tirou o sono dos moradores, dessa vez um homem de 34 anos suspeito de roubar um carro morreu em troca de tiros com o Batalhão de Choque da Polícia Militar. O cenário dos dois crimes é a Rua João Trivelatto, no bairro Colibri II, que abriga moradores reféns do medo causado pelos crimes.

Aos 66 anos e 30 deles vivendo no Colibri, a aposentada que prefere não ser identificada com medo de represálias é o exemplo do quanto os crimes vem mudando a vida de quem era acostumado a viver tranquiliamente no bairro.

Ela não sai mais de casa, principalmente à noite. Apesar da ainda gostar o bairro, a violência tem extrapolado os limites suportáveis. “Antigamente eu saía de casa, ia no quintal, mas não saio mais depois que mataram uma mulher aqui pero”, desabafa a moradora que vive sozinha.

Um jovem de 29 anos, que mora na Rua João Trivelatto, conta que o bairro se transformou e não só a rua é motivo de preocupação. Sobre ser refém do medo, o jovem resume o que tem vivido nos últimos tempos em sete curtas palavras. “Não dá mais para ficar aqui, não”.

Os dois relatos ouvidos pela reportagem, apesar de retratar a realidade da maioria, partiram de dois corajosos moradores. Já que a maioria ao ver a presença da imprensa prefere o silêncio.

Crimes – O segundo crime do intervalo de 30 dias ocorreu na noite de ontem (14). Conforme registro policial, equipes de motos do Choque faziam rondas na região da Rua Catiguá quando um homem parou a equipe dizendo que teve um Fiat Uno vermelho roubado. Os militares começaram a fazer rondas na região e encontraram o carro em um local escuro do bairro.

Com as mesmas características do carro roubado, os policiais ordenaram que o motorista Luis Carlos de Oliveira Santana parasse o carro, mas ele desobedeceu e deu início à fuga. As equipes seguiram o homem até que ele parou o carro em um quintal de uma casa, já no bairro Colibri, e fugiu a pé.

De acordo com o relato dos militares à Polícia Civil, Luis atirou primeiro contra os policiais e um deles revidou duas vezes. O tiro atingiu o tórax da vítima e ele foi socorrido por uma viatura do Choque até a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do bairro Universitário. O rapaz não resistiu aos ferimentos e morreu na unidade.

O primeiro crime também ocorreu no dia 14, mas do mês de agosto. Segundo informações da PM, Amarildo Flçavio Tomazi, 47 anos, estava discutindo com sua esposa quando aconteceu o crime. Ele teria levado os tiros de outra pessoa e teve o crânio atingido por pauladas.

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