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Capital

Com pouco tempo de divulgação, eleitores seguem indicação de amigos e dos próprios candidatos

Paula Maciulevicius | 17/07/2011 15:59

Maioria dos eleitores entrevistados comparece às urnas pela primeira vez para votar nos conselheiros tutelares

Um dos locais de votação, movimento foi tranquilo, mas superou expectativas. (Foto: Simão Nogueira)
Um dos locais de votação, movimento foi tranquilo, mas superou expectativas. (Foto: Simão Nogueira)

Desde às 8h da manhã as urnas para a escolha dos conselheiros tutelares estão abertas. A expectativa da comissão eleitoral é de superar o índice de eleitores da votação passada, que atingiu miseros 1,5%. Na Capital estão aptas a votar 538,3 mil pessoas, mas o que se destaca é que a maioria dos eleitores comparece às urnas pela primeira vez, e escolhe por indicação de familiares e amigos.

No Colégio Dom Bosco, a movimentação estava tranquila à tarde, a hora do almoço foi o período de maior movimento, mas nada comparado as filas de eleições municipais, estaduais ou presidenciais.

O funcionário público Alino Arakaki, de 29 anos, participa da eleição pela primeira vez. Apesar de pouco divulgado, ele soube por um amigo da votação. “Se não fosse ele me falar, não ia saber”, comenta.

Na escola General Malan, no bairro Amambaí, o movimento estava mais corrido. Até as próprias mesárias se surpreenderam. “Está vindo mais do que a gente esperava mesmo”, disseram.

A cientista social Larissa Marques de Souza, de 23 anos, veio por indicação de um amigo e destaca a importância de participar dessa escolha. “São eles que trabalham pelas questões da criança, de proteção, precisa ser algum pessoa qualificada”, esclarece.

Por ser opcional ela avalia que muitos não buscam pela causa “deixam na mão dos governantes, porque não acham que são da parte deles e acabam por não escolher”, acrescenta.

A auxiliar de laboratório Iracema Alves, 49 anos, veio acompanhar a filha e depois seguiria para o seu local de votação. A família passou na pele pela experiência de saber como é o trabalho do Conselho, por conta de um neto que sofreu maus tratos.

Jovem confere número de candidato e questiona pouca divulgação sobre os locais de votação. (Foto: Simão Nogueira)
Jovem confere número de candidato e questiona pouca divulgação sobre os locais de votação. (Foto: Simão Nogueira)

Eu não sabia que era assim, aí pediram o meu voto. Mas é bom entender melhor o que eles fazem, a autoridade que eles têm”, diz.

Iracema, hoje com a guarda definitiva do neto, na época da situação a criança tinha apenas 4 anos. “Até então não entendia que eles tinham essa decisão de escolha com o meu neto”, ressalta.

Apesar das atitudes não terem sido tão severas o quanto esperava, mas a orientação do Conselho auxiliou na guarda definitiva.

Dentro do prédio, o militar Willian Freitas Silva, de 18 anos, analisa a lista dos candidatos. Ele veio acompanhar um amigo que precisava fazer uma prova, mas estava buscando saber onde podia votar.

“Fiquei sabendo essa semana, daí cheguei aqui e lembrei que era hoje”, conta.

Com a candidata já escolhida, ele diz “quero saber onde votar, faltou divulgar mais. É muito importante, o papel deles é fundamental para a sociedade”, argumenta.

A comissão eleitoral do processo de eleição para o Conselho Tutelar acredita ter o resultado em poucas horas depois do término da votação. Com as urnas encerradas às 16h, os votos seguem para o prédio do Planurb para serem contabilizados.

Apesar de uma semana de divulgação, a presidente da comissão Maria Neide Araújo fala que houve lugares com fila. “Nos bairros tem mais gente votando, o pessoal da região central é que acha que nunca vai precisar do Conselho, então não comparece”, destaca.

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