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Capital

Eles deveriam pendurar as chuteiras, mas 18,7% ainda pegam no pesado

Viviane Oliveira | 24/01/2014 12:27
Mauro é aposentado há 18 anos, mas continua trabalhando.  (Foto: Cleber Gellio)
Mauro é aposentado há 18 anos, mas continua trabalhando. (Foto: Cleber Gellio)

Quero ser um grande produtor de legumes. A frase é de Mauro Nelinsck, 62 anos, que mesmo aposentado ainda trabalhou com carteira assinada por vários anos em uma cooperativa, em Campo Grande.

Apesar de ter saído do emprego em dezembro do ano passado, Mauro afirma que não vai deixar de trabalhar e pretende plantar legumes para vender no Ceasa (Central de Abastecimento de Mato Grosso do Sul).

No dia do aposentado, comemorado hoje (24), 81.910 pessoas em Campo Grande são aposentadas ou pensionistas, desse total, 22.800 trabalham de carteira assinada. Os dados são do Censo 2010 divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Mauro conta que começou a trabalhar com 14 anos e se aposentou em 1996 com 80% do tempo trabalhado. De lá para cá, foi empregado em uma cooperativa agrícola, onde trabalhou por quase duas décadas.

“Enquanto tiver saúde não pretendo parar de trabalhar”, contou durante café da manhã nesta sexta-feira (24), na Associação dos Aposentados e Pensionistas, onde dezenas de aposentados comemoravam o dia.

Francisco diz que vai continuar trabalhando, mesmo depois de conseguir o benefício. (Foto: Cleber Gellio)
Francisco diz que vai continuar trabalhando, mesmo depois de conseguir o benefício. (Foto: Cleber Gellio)

De acordo com o presidente da associação, Waldir de Miranda Osório, 50% dos aposentados e pensionistas associados trabalham com carteira assinada. “A pessoa trabalha porque não consegue viver só da aposentadoria”.

A advogada da Associação, Bruna franco Carvalho, conta que muita gente a procura para rever o calculo feito pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) realizado na época da aposentadoria. “Tem gente que se aposentou recebendo dez salários mínimos e hoje ganha cinco”, diz Waldir.

Do lado de fora, esperando para capinar o terreno da associação dos aposentados, Francisco Bertonis, 60 anos, ainda não é aposentado. Acostumado a trabalhar, o idoso diz que mesmo quando conseguir o benefício vai continuar trabalhando. “Sou acostumado a trabalhar, não consigo ficar parado”, finaliza.

Na ativa - Conforme o STJ (Superior Tribunal de Justiça), os aposentados que voltarem a trabalhar e continuarem contribuindo com INSS podem pedir o recálculo do valor do benefício da aposentadoria, sem ter que devolver à Previdência o valor recebido até o momento. Essa possibilidade chama-se desaposentadoria. 

Bruna ressalta, que na maioria dos casos não compensa o aposentando pedir a desaposentadoria. 

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