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Capital

Em 4h, 14 testemunhas falam sobre morte de Brunão e comportamento de Luna

Nadyenka Castro | 05/05/2011 19:20

Seguranças dizem que vítima não agrediu autor

Cristhiano Luna, após a audiência, acompanhou depoimento de 13 testemunhas. (Foto: João Garrigó)
Cristhiano Luna, após a audiência, acompanhou depoimento de 13 testemunhas. (Foto: João Garrigó)

Durante toda a tarde desta quinta-feira, acusação, defesa e o juiz Aluízio Pereira dos Santos, responsável pelo processo em que Cristhiano Luna de Almeida é acusado pela morte de Jefferson Bruno Escobar, ouviram depoimentos de pessoas sobre o caso.

A audiência começou por volta das 13h30min e só terminou quatro horas depois. Neste período, 14 testemunhas de acusação prestaram depoimento sobre o que aconteceu na madrugada do dia 19 de março deste ano na casa noturna onde Brunão, como Jefferson era conhecido, trabalhava e foi morto.

Também prestaram depoimentos um segurança que relatou o comportamento agressivo de Cristhiano em outro bar de Campo Grande e Rafael de Freitas Mecchi que foi agredido pelo réu em março de 2009 e pediu para que o réu saísse da sala de audiência.

A maioria das oitivas foi de seguranças que presenciaram alguma cena - fora ou na calçada da casa noturna- envolvendo Brunão e Cristhiano Luna. Dois garçons também foram ouvidos, assim como um adolescente vendedor de bombons apontado pela Polícia Civil como uma das principais testemunhas.

Grande parte dos depoentes relatou que foi preciso mais de um segurança para tirar Cristhiano Luna de cima de Brunão; que a vítima se defendia de Luna enquanto este lhe desferiu soco e que o acusado tirou a camiseta e chamou para briga outros trabalhadores do local, enquanto Brunão passava mal.

Também foi relatado que Luna passou a mão nas nádegas de um garçom, o qual também teria sido vítima de injúria praticada pelo réu; e que o acusado quase agrediu o chefe dos seguranças naquela madrugada.

Uma das testemunhas, outro garçom, contou ainda que Cristhiano Luna pediu desculpas a Brunão e que o bacharel em Direito, junto com amigos, ingeriu duas garrafas de vodka, sendo no copo com energético e até no “bico” da embalagem.

Foram ouvidos nesta tarde também um amigo de Luna que o acompanhou até em casa no dia dos fatos, o policial militar que o prendeu e o porteiro do condomínio onde ele mora.

O amigo será intimado para depor novamente na audiência de defesa. O policial contou que não conhecia o acusado e que o identificou como envolvido na confusão na casa noturna porque suas roupas estavam sujas.

O porteiro declarou que naquela madrugada Luna e amigos chegaram ao condomínio aparentemente tranqüilos e que após um deles ter recebido uma ligação no celular todos aparentaram ter ficado apreensivos.

Depois disso, o réu entrou no condomínio, saiu em seguida e voltou com as mãos na cabeça e a polícia do outro lado da rua. Para o porteiro, Cristhiano Luna se entregou e não foi preso. “Ele chamou um policial e se entregou”, relatou.

Ele falou ainda que durante seu depoimento à Polícia Civil, a delegada responsável pelo inquérito “ficava mais ou menos querendo mudar minhas palavras”.

Avaliação- Para o advogado Ricardo Trad, responsável pela defesa do réu, a audiência “foi muito boa, ótima”, disse referindo-se ao fato de ter sido afirmado pelas testemunhas que foi preciso mais de um segurança para tirar Cristhiano - que mede 1.70m e pesa 75Kg, segundo ele próprio, de cima de Brunão, que era mais alto e aparentava pesar mais.

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