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Capital

Em dia especial, crianças internadas na Santa Casa ganham presentes

Luciana Brazil | 23/11/2012 19:42
Mateus recebeu uma bola de presente, mas disse ter gostado mais da música.  (Foto:Pedro Peralta)
Mateus recebeu uma bola de presente, mas disse ter gostado mais da música. (Foto:Pedro Peralta)
Joaquim é animado. Com o carrinho amarelo, ele dançou e bateu palmas.  (Foto:Luciana Brazil)
Joaquim é animado. Com o carrinho amarelo, ele dançou e bateu palmas. (Foto:Luciana Brazil)

Era difícil não se emocionar com a cena. Internadas na Santa Casa de Campo Grande crianças receberam na tarde desta sexta-feira (23) a visita especial de um grupo de mais de 30 estudantes. Já no espírito do Natal, os presentes não eram o principal objetivo do encontro, mas também trouxeram sorrisos.

Alunos do 1° e 2° ano do ensino fundamental do colégio Alexander Fleming levaram muito mais do que o material. O carinho e a atenção tornaram o momento pra lá de emocionante.

A entrega dos presentes, segundo a supervisora do colégio Maria Luiza, 45 anos, é a chance de levar ao próximo um sorriso e o calor humano."O mais bonito é envolvimento dos jovens nesse processo que proporcionam um momento de alegria para essas crianças internadas".

Faltando praticamente um mês para o Natal, as ações de solidariedade começam a ser mais frequentes no hospital, segundo a assessoria da entidade.

Ao lado do soro, com duas agulhas espetadas pelo corpo, o menino de nove anos esqueceu por alguns minutos a doença que o levou até lá. Com um tumor na coluna, Mateus Marim ganhou uma bola de presente, mas, segundo ele, a música cantada pelos alunos, entoada por um violão, foi o que ele mais gostou. "É bom só deles terem vindo".

Há 16 dias ao lado da filha Fernanda, de um ano e dois meses, Jéssica da Silva, 22 anos, faz questão de lembrar que não é todo mundo que proporcionar estes momentos. "É bom demais ver isso. Ver a alegria da minha filha. Não é sempre que ela está assim, feliz".

O Papai Noel não podia faltar na entrega dos presentes. (Pedro Peralta)
O Papai Noel não podia faltar na entrega dos presentes. (Pedro Peralta)
Alunos entregam brinquedos e mães se emocionam. (Foto:Pedro Peralta)
Alunos entregam brinquedos e mães se emocionam. (Foto:Pedro Peralta)

Em coro, os estudantes cantavam e davam o tom da tarde. "É muito bom fazer isso, é gostoso demaias", disse a aluna Larissa Kazue, 15 anos. "É a primeira vez que faço, mas com certeza vou continuar", disse enquanto soltava a voz com o grupo de amigos.

Para o pasto capelão da Santa Casa, Adão José Pereira, coordenador do serviço de assistência social, o momento desperta a sensibilidade de perceber o quanto nós podemos oferecer. "É comprovado cientificamente que os pacientes que são assistidos espiritualmente conseguem se recuperar, em média, em quatro dias. Já os que não tem essa asssitência demoram até sete dias".

Com apenas três anos, Joaquim já passou por duas cirurgias para retirar três tumores da cabeça. Apesar de estar internado desde o dia 8 de novembro, quando foi descoberta uma infecção, o menino não perdeu a animação. A mãe, Losângela Amorim, 36 anos, garante que mesmo diante de todos os problemas, o filho continua com sorriso no rosto.

Jéssica se emociona ao ver a filha com o brinquedo nas mãos. (Foto:Pedro Peralta)
Jéssica se emociona ao ver a filha com o brinquedo nas mãos. (Foto:Pedro Peralta)

O psicólogo da Santa Casa Paulo Lessa ressalta que as crianças esquecem, mesmo que por um momento, a internação, o que é positivo. "Nos dias seguintes à visita, eles colaboram mais com os procedimentos e tratamentos. Há uma mudança de comportamento".

A supervisora do colégio Maria Luiza explicou que a escola participa todo ano da entrega de presentes. "Os alunos doaram o dinheiro e deram sugestão para os presentes. A escola comprou e todos ajudaram a embalar", contou.

O professor de matemática, Diego Saochine, 26 anos, explica que muitos dos alunos, por terem condições financeiras, não têm noção da realidade difícil que muitas crianças internadas pelo SUS estão passando. "Além disso, essa oportunidade demonstra que os nossos jovens também fazem coisas boa e positivas"

Crianças do pronto-socorro, da pediatria do SUS (Sistema Ùnico de Saúde) e do setor de queimados receberam os brinquedos.

Com um sorriso meigo, Clara, de sete anos, não explicou o motivo, mas disse convicta que só abriria a boneca depois. "O que eu mais gostei foi ganhar os presentes".

Com 7 anos, Clara sorri e diz que só abrirá sua boneca depois. (Foto:Pedro Peralta)
Com 7 anos, Clara sorri e diz que só abrirá sua boneca depois. (Foto:Pedro Peralta)
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