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Capital

Época de Natal tem vaga mais cara e lucro maior para estacionamentos

Ana Maria Assis | 21/12/2010 10:37
"Franelinha" diz que conseguia ganhar até 50 reais por dia, mas em época de Natal recebe em gorjetas cerca de 80 reais. (Foto: João Garrigó)
"Franelinha" diz que conseguia ganhar até 50 reais por dia, mas em época de Natal recebe em gorjetas cerca de 80 reais. (Foto: João Garrigó)

O aumento da frota de veículos somado ao movimento maior por causa do período de compras que antecede o Natal sugere uma primeira preocupação do consumidor ao chegar próximo às lojas do centro de Campo Grande: Onde estacionar o veículo?.

O que é dúvida para o motorista se transformou em possibilidade de lucro para quem investe nos estacionamentos pagos, que ocupam até o lugar de lojas e nesta época, cobram mais caro pelo espaço.

Em um dos principais pontos de comércio, rua Dom Aquino, entre a 14 de Julho e a Calógeras, a equipe do Campo Grande News encontrou quatro estacionamentos particulares na mesma quadra, três deles no mesmo lado da rua.

Entre eles, está o que era, há cerca de três meses, uma loja de departamentos. Há dois meses, o espaço foi transformado em estacionamento para também atender a demanda de veículos, que aumenta visivelmente com a chegada do Natal.

A média cobrada por uma vaga é de R$3,00 por hora. Na quadra central da rua Dom Aquino, apenas um estacionamento cobra mais do que esse valor. No Maxi Estacar, que cobra R$ 4,00 a hora para veículos comuns, chega custar R$ 8,00 para estacionar o que chamam de “veículos especiais”, como vans.

O Legis e o estacionamento que fica ao lado das lojas Americanas, cobram R$ 3,00 a hora, enquanto que para estacionar na loja adaptada que virou estacionamento, o motorista deve pagar o mesmo valor por 45 minutos.

A pouca diferença, as vezes de centavos ou de um real, pode influenciar na decisão de alguns motoristas. Alessandro Bonfim de Azambuja, 39 anos, foi ao centro da cidade nesta manhã com a esposa, Andreia Lucienne Robeiro de Souza, 39 anos.

O Campo Grande News abordou o casal em frente ao estacionamento de R$ 4,00, no entanto, os dois vinham caminhando, pois tinham deixado o carro na Cândido Mariano. “Deixei o carro no outro estacionamento que é mais barato. Pago dois reais a hora para estacionar lá, e caminho um pouco mais. Flex Park eu nem tenho, pois acho errado eles venderem por R$ 10,00 na rua, sendo que no escritório da empresa é R$ 7,00”.

Na opinião da esposa, com a chegada do final do ano, os donos de estacionamento percebem o aumento da demanda e acabam aumentando também o preço. “Nós vemos esta exploração por exemplo na área da feira central. Neste domingo, o estacionamento que custava R$ 3,00, estava custando R$ 10,00”, reclamou Andreia.

Com a demanda crescente de veículos na Capital, loja de departamentos que havia sido fechada, foi adaptada e virou estacionamento no centro da cidade. (Foto: João Garrigó)
Com a demanda crescente de veículos na Capital, loja de departamentos que havia sido fechada, foi adaptada e virou estacionamento no centro da cidade. (Foto: João Garrigó)

Além da época propícia ao consumo, dados do Detran (Departamento Estadual de Trânsito) mostram que a frota de veículos de Campo Grande ganhou, desde 2005, mais 340 mil veículos.

Além dos estacionamentos particulares, as vagas das ruas, controladas pela empresa Flex Park, serviço terceirizado pela prefeitura, ficam bem mais disputadas.

Daniel Pereira, 27 anos, diz que “cuida carros na mesma quadra” há cerca de seis meses, e neste final de ano, pode-se dizer que recebe ele também um 13º salário. “Quando entrei, nos primeiros meses tirava uns 50 reais. Com a chegada do Natal, o pessoal vem comprar e eu consigo até uns 80 reais”, disse Daniel, parando a todo momento a fim de ajudar os motoristas com as manobras.

Segundo Daniel, os estacionamentos particulares não chegam a atrapalhar a quantidade de carros que, preferencialmente, são estacionados na rua. Ele explica que, mesmo com o paquímetro, com preço de R$ 1,50 a hora, e com a gorjeta dele, que geralmente é menos que R$ 1,00, “estacionar na rua é bem mais barato”.

O Campo Grande News procurou os responsáveis pelos estacionamentos, mas nenhum deles quis comentar sobre o aumento de clientes no final de ano.

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