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Capital

Em golpe novo, bandidos fingem ser ex-funcionários para extorquir comércios

Rafael Ribeiro | 22/02/2017 11:56

Um golpe novo assola comerciantes e microempresários de Campo Grande. Portando holerites falsificados, estelionatários fingem serem ex-funcionários dos estabelecimentos e ameaçam as vítimas dizendo estarem acompanhados por fiscais do Ministério do Trabalho e da Polícia Civil para cobrar supostos salários que estariam atrasados.

Segundo a polícia, os casos vêm acontecendo desde o início do ano. Pelo menos quatro comerciantes procuraram delegacias da Capital para relatar o crime, mas a expectativa é que haja mais vítimas que possam ter pago os bandidos e não feito o registro posterior da ocorrência.

O último crime do tipo foi comunicado à polícia na manhã desta quarta-feira (22). A representante de uma empresa de extintores e equipamentos contra incêndios, de 32 anos, com sede na Vila Progresso, disse que no dia anterior foi procurada por um suspeito, de 51.


Segundo seu relato, o investigado, que não teve o nome divulgado, se identificou como padrasto de um ex-funcionário. Exibindo um holerite datado de julho do ano passado, disse que o familiar havia sido demitido sem receber salários e direitos trabalhistas.


Acontece, alegou a empresária, que o tal ex-funcionário jamais trabalhou no local. A coisa ia além. Fonte das letras no holerite e até o logo do holerite estava desatualizados, incompatíveis com a marca usada na ocasião citada.


Segundo a quase vítima, mais tarde ela recebeu telefonemas de dois homens, dizendo-se policiais, que a ameaçaram. “Ou eu pagava o que supostamente estava devendo, ou iriam me prender”, disse.


Histórico – O medo de ser extorquido por policiais e agentes federais é grande entre as vítimas. Algumas, tentando resolver a situação, acabam armando ainda mais os criminosos.


É o caso de um dono de uma loja de móveis da região do bairro Universitário. No início do mês, ele recebeu a visita de um homem que alegou ter sido seu montador, tinha vencimentos a receber atrasados de um ano e que iria negociar o recebimento.


Na data estipulada para o encontro, o investigado apareceu com três comparsas, dizendo-se ser autoridades e exigindo pagamento de um valor maior como multa.


“A gente fica preocupado. Não é que estava devendo, mas fica a preocupação de ver o negócio da sua vida ruir por um esquecimento. Essas coisas acontecem”, alegou o homem, que não quer se identificar.

Até a conclusão desta reportagem, a polícia ainda não havia identificado nenhum autor do golpe e seguia com as investigações dos casos, registrados como estelionato.

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