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Capital

Em julgamento, mulher nega ter planejado com o filho, a morte do marido

Renan Nucci | 24/09/2014 11:16
Aparecida negou as acusações durante julgamento nesta manhã. (Foto: Marcelo Calazans)
Aparecida negou as acusações durante julgamento nesta manhã. (Foto: Marcelo Calazans)

Acusada de planejar a execução do marido com apoio do filho, Aparecida Ferreira de Souza Soares, 43 anos, está sendo julgada na manhã desta quarta-feira (24), na 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande. Ela nega participação e afirma que a vítima foi alvo de assaltantes. O crime aconteceu em abril do ano passado.

Consta na denúncia que por volta das 21h30 do dia 5 de abril, Thionatan Anderson Custódio da Silva, 20 anos, com ajuda de um adolescente, executou a tiros o padrasto Flausio Laudemiro Furtado, 63 anos, a pedido da mãe. O objetivo de Aparecida era ficar com os bens da vítima, incluindo uma casa no Bairro Coophavilla II.

Na ocasião, os autores tramaram o homicídio que ocorreu próximo ao Posto de Saúde do Bairro Coronel Antonino. Aparecida e a vítima seguiam de carro para a casa após alguns compromissos no centro da cidade. No trajeto, Thionatan telefonou diversas vezes para a mãe, com o objetivo de falar com o padrasto, que dirigia o automóvel.

O rapaz alegava que queria R$ 250 emprestados. A vítima, sem desconfiar de nada, atendeu ao telefone e combinou de se encontrar com o rapaz na Rua Rio de Janeiro, no Monte Castelo. No local, Thionatan se aproximou de moto com o menor, esperou Flausio sair do carro e então eles atiraram. Em seguida, a dupla fugiu.

Durante julgamento, Aparecida disse que em momento algum tramou a morte do convivente e afirmou que imaginou ser um assalto. “Eu estava no carro, quando abaixei para pegar os óculos dentro da minha bolsa, pois não enxergo nada. Vi que o carro parou e notei apenas que uma moto se aproximou, em seguida ouvi os tiros. Com a visão ruim, não consegui ver quem estava na moto. Achei que fosse um assalto e pedi socorro”, disse em depoimento.

Ela ainda reforçou que não sabia do envolvimento do filho, e que não precisava do dinheiro e bens do amásio. “Eu sempre trabalhei e nunca precisei tomar nada de ninguém. Na hora dos tiros, não conseguiu ver quem estava na moto, mas sei que não foi meu filho, porque ele me encontrou em casa logo depois. Posso até não ter certeza se ele estava na moto, mas sei que ele não atirou”, comentou. O adolescente foi detido. Thionatan também está preso e será julgado em uma data ainda a ser agenda pela Justiça.

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