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Capital

Em posto de saúde, idoso de 98 anos espera há 4 dias por vaga na UTI

Filipe Prado e Juliana Brum | 22/05/2015 12:01
José, 98 anos, está há quatro dias esperando a transferência (Foto: Divulgação)
José, 98 anos, está há quatro dias esperando a transferência (Foto: Divulgação)

O aposentado José Benedito Alvarenga, 98 anos, está há quatro dias internado no Centro Regional de Saúde do Bairro Guanandi esperando vaga em UTI (Unidade de Tratamento Intensivo), após ter sido diagnosticado com pneumonia e agora ter contraído uma infecção grave. O idoso ficou internado por 27 dias no Hospital Regional, recebendo alta para receber o tratamento em casa.

A neta de José, Samara Alvarenga, 22, mora em Coxim, mas veio a Campo Grande para cuidar do avô. Ela conta que o idoso ficou no HR por 27 dias, depois recebeu alta, onde o médico alegou “que ele já estava recuperado”.

Na terça-feira passada (19), o idoso sentiu um mal estar, sendo encaminhado pelos familiares até o Centro de Saúde Drº Enio Cunha, no Guanandi. O médico responsável emitiu uma solicitação para a transferência com urgência para o HR, mas foi alegado falta de vagas. Hoje (22) o presidente da Associação das Vítimas de Erros Médicos de Mato Grosso do Sul, Valdemar de Souza Moraes, interviu e busca a vaga.

“Está desde terça-feira solicitando e o hospital diz que não tem”, alegou a neta. O presidente da associação assegurou que irá entrar com um pedido na 37ª Promotoria de Justiça para pedir que eles intervenham no caso.

"Aqui eles não podem fazer a expiração, por que não tem aparelhos. Ainda tivemos que trazer lençóis, fraldas e até uma fita micropore”, comentou Samara, que ainda revelou que o avô está internado na enfermaria do centro de saúde, com mais duas pessoas. “O sistema imunológico dele está fraco!”.

Samara contou que o avô ficou internado por 27 dias e depois liberado (Foto: Marcelo Calazans)
Samara contou que o avô ficou internado por 27 dias e depois liberado (Foto: Marcelo Calazans)
O presidente da associação precisou intervir no caso (Foto: Marcelo Calazans)
O presidente da associação precisou intervir no caso (Foto: Marcelo Calazans)
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